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PSD aponta o dedo a Ana Mendes Godinho pelas mortes nos lares devido à Covid-19

Ricardo Baptista Leite disse que não se compreende que a ministra do Trabalho e Solidariedade ainda não tenha feito o mapeamento dos lares de terceira idade existente em Portugal, procedendo à evacuação daqueles que não tenham condições de segurança. E criticou o Ministério da Saúde por não dar resposta às propostas do PSD para a resposta à pandemia.
  • Ricardo Baptista Leite no Infarmed
    FOTO: Presidência da República
3 Dezembro 2020, 15h33

O deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite disse nesta quinta-feira, no final da reunião sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, realizada no Infarmed, que “não se compreende que, oito meses volvidos depois do início da pandemia, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ainda não tenha feito um mapeamento dos lares legais e ilegais” existentes em Portugal.

Até porque os dados sobre a pandemia apontam para que 32% dos óbitos associados a Covid-19 estejam a ocorrer nesses locais, pelo que o PSD desafia Ana Mendes Godinho a intervir em todos os espaços dedicados a alojar pessoas da terceira idade que não cumpram as regras de segurança, procedendo à evacuação caso seja necessário. “Deveria ser alvo de ação prioritária e urgente”, disse o deputado, que integrou a comitiva social-democrata na reunião do Infarmed, juntamente com o líder social-democrata Rui Rio e a deputada Mónica Quintela.

Quanto ao plano de vacinação, Baptista Leite disse ter ficado muito claro que “ninguém será vacinado antes de janeiro” e que durante os dois primeiros trimestres de 2021 não haverá doses suficientes para que garantir um grau de imunidade da população portuguesa que permita o retomar da normalidade existente antes do início da pandemia de Covid-19.

A este propósito, o deputado realçou que o Ministério da Saúde ainda não deu qualquer resposta às propostas elaboradas pelo Conselho Estratégico do PSD para a presente fase da pandemia, dizendo esperar que a Direção-Geral de Saúde reaja.

Quanto à evolução propriamente dita da pandemia, Ricardo Baptista Leite confirmou a inversão da curva no número de casos, muito à custa da evolução mais positiva na região Norte, mas deixou claro que o número de internamentos em enfermaria e unidades de cuidados intensivos deixa antever que o número de óbitos poderá manter-se igual ou até subir nos próximos dias. Seja como for, no final do ano deverá continuar a haver dois a três mil novos casos diários de infeção, “o que é um esforço gigantesco para o sistema de saúde”.

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