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PSD e oposição divergem sobre estado da Saúde na Madeira

A oposição denuncia o aumento das listas de espera e pede mais transparência na apresentação destes dados. Já o PSD criticou o uso que se faz da Saúde como “arma de arremesso político” acrescentando que existem “muitas preocupações” dos partidos com o setor mas poucos a apresentar soluções.
30 Janeiro 2019, 11h49

O PSD e as bancadas da oposição divergiram sobre o estado da Saúde na Madeira durante a discussão plenária da Assembleia Regional desta quarta-feira. Enquanto os sociais democratas defendem que apesar dos problemas as coisas estão longe da imagem do caos criado por certos partidos, enquanto que a oposição pede mais transparência e denuncia o aumento nas listas de espera e ainda a falta de resposta do programa de recuperação de cirurgias.

“É preciso uma gestão transparente da saúde e medidas que reduzam as listas de espera para números aceitáveis”, disse Sofia Canha do PS. “Das medidas do programa de governo o cheque cirurgia foi abandonado e o programa de recuperação de cirurgias mostrou ser insuficiente”, acrescentou a deputada socialista.

“A falta de programa de lista de espera cria problema de transparência”, reforçou Sofia Canha. Já Raquel Coelho, do PTP, referiu que o PSD “não consegue esconder” as dificuldades de um péssimo serviço de saúde, enquanto queRroberto Almada, do BE, sublinhou que o Serviço Regional de Saúde (SESARAM) “debate-se com um programa de recuperação de cirurgias que agravou” o número de pessoas em lista de espera.

“A situação é diferente para pior”, afirmou o deputado do BE.

A estas preocupações junta-se as do PCP, que através de Sílvia Vasconcelos, disse que perto do final da legislatura existe um aumento nas listas de espera e um setor da saúde que tem “carências e falhas múltiplas” que são reclamadas pela população.

“As coisas estão muito piores”, denunciou Rui Barreto, que acrescentou que os dados que são públicos dão conta de cerca de 60 mil atos médicos em atraso. “Estamos todos de acordo que existem bons profissionais no SESARAM. Mas houve muitos profissionais que saíram da Madeira para outros lados devido ao mau ambiente, à falta de cultura de mérito e à partidarização que existe na Saúde”, alertou o centrista.

“Quem tem descredibilizado a Saúde na Madeira é o PSD”, referiu Rui Barreto.

O PSD respondeu através de João Paulo Marques que criticou o uso da Saúde como “arma de arremesso político” denunciando ainda a tentativa que se tenta criar de um setor em que “nada funciona” e de “caos instalado”. O social democrata referiu que o PSD “nunca disse” que tudo estava perfeito e que “não existem” problemas no setor.

“Existe muita gente preocupada e poucos com soluções. Nos últimos 3 anos investimos mais de 4 milhões de euros só no programa de recuperação de cirurgia. Este programa permitiu que mais de 2 mil pessoas tivessem acesso à cirurgia que precisavam, para além da cirurgia normal”, disse o social democrata.

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