[weglot_switcher]

PSD: “Governo não pode contribuir para a desmobilização dos eleitores” com fraca organização para votar

O vice-presidente do PSD começou por detalhar de que forma o partido se opõe ao atual confinamento, falando em ineficácia, incoerência e lentidão, para depois alegar que a falta de preparação do Governo mostra uma desvalorização das eleições presidenciais e coloca os eleitores em risco de exposição ao vírus.
18 Janeiro 2021, 12h10

O PSD apela a que o Governo “aprenda com o que correu mal” no dia de ontem, domingo, quando a votação antecipada para a eleição presidencial resultou em longas filas e dificuldades no cumprimento das regras de distanciamento social, como argumentou o vice-presidente social-democrata em conferência de imprensa esta segunda-feira.

Sublinhando a “importância para o futuro do país”, David Justino acusou o Governo de falhar para com a sua responsabilidade de assegurar “toda a segurança” de um ato eleitoral levado a cabo na altura mais crítica da pandemia em território nacional, quando Portugal regista a taxa média a sete dias mais elevada de infeções confirmadas de Covid-19 por milhão de habitantes.

“Milhares de cidadãos não conseguiram votar”, destacou o deputado social-democrata, para quem o cenário poderia ter sido evitado “caso o Ministério da Administração Interna (MAI), que dispunha de toda a informação para planear o processo”, o tivesse feito de uma forma menos “amadora e desleixada”.

Pelo contrário, as “falhas injustificáveis, deficiente organização e excesso de exposição ao contágio” resultam da postura do MAI, argumentou David Justino, que atacou ainda as declarações “delirantes” de Eduardo Cabrita. O ministro havia comparado a alegria do ato eleitoral deste domingo com a vivida na primeira eleição em democracia.

Quanto à pandemia e à situação descontrolada que esta atingiu em território português, o PSD fala em falta de oportunidade, coerência, eficácia e fiscalização para se manifestar contra o atual confinamento.

Destacando que votou favoravelmente todos os estados de emergência até agora aprovados de forma a lutar contra o avanço da Covid-19, o partido argumenta que as atuais medidas são tardias e questiona porque não foi esta situação preparada com antecedência. Através das palavras do seu vice-presidente, o PSD apela ainda a que sejam revistas as exceções previstas às restrições à mobilidade, que, defendem, dão “o sinal contrário ao reforço da regra”, e pedem que seja fiscalizado o cumprimento do confinamento pela população.

“Confinamento sem qualquer fiscalização é ser conivente com a desobediência”, afirmou David Justino.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.