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PSD não se vai opor a um eventual prolongamento do Estado de Emergência nacional

A garantia foi deixada esta terça-feira pelo deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite, que assegura que o PSD está disponível para analisar com o Governo “todas as medidas que sejam necessárias para garantir uma resposta cabal ao surto” da Covid-19.
31 Março 2020, 15h24

O Partido Social Democrata (PSD) não se vai opor a um eventual prolongamento do Estado de Emergência nacional, caso o Presidente da República decida avançar com a medida. A garantia foi deixada esta terça-feira pelo deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite, que assegura que o PSD está disponível para analisar com o Governo “todas as medidas que sejam necessárias para garantir uma resposta cabal ao surto” da Covid-19.

“Se essa matéria [prorrogação do Estado de Emergência] fora apresentada, não será pelo PSD que não será prorrogada”, afirmou Ricardo Baptista Leite, à saída de uma reunião no Infarmed, onde estiveram o Presidente da República, o primeiro-ministro, vários líderes partidários e parceiros sociais para a segunda sessão de apresentação sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.

O social-democrata disse que os partidos têm de “estar mais unidos do que nunca e é, nesse espírito, que o PSD está comprometido neste momento”. “O que o PSD está disponível para fazer é, num espírito de colaboração, garantir todos os meios ao Governo para que a resposta do país ao surto do novo coronavírus seja a mais eficaz e rápida possível. Isto para conseguirmos voltar a à normalidade o mais depressa possível”, referiu.

“Temos de continuar com todas as medidas de precaução. Este isolamento social que reconhecemos ser muito difícil para o país é uma necessidade absoluta. É a única forma consensual de conseguirmos garantir a inversão de novos casos e chegarmos ao pico dos nos casos e, com isso, podermos depois avançar para a libertação da quarentena generalizada no país”, defendeu.

O porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD para a área da Saúde adiantou na reunião foi referido que o pico da pandemia está previsto para o final de abril ou princípio de maio e que isso faz antever “semanas muito difíceis”, com um aumento bastante provável do número de casos. Ricardo Baptista Leite alertou ainda que a situação “vai continuar a pôr pressão no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

“O SNS tem de continuar a responder a todos os outros doentes que não os doentes infetados pelo coronavírus e, nesse sentido, foi reforçado, pelo Governo e pelos vários partidos, a necessidade de encontrar formas de dar essa resposta. Temos visto que pode haver aqui riscos para outros doentes além dos doentes infetados com a Covid-19, que é tudo o que nós queremos evitar no meio desta pandemia tão difícil para o país”, afirmou.

Ricardo Baptista Leite disse ainda que “a normalidade total só será atingida quando tivermos a vacina”, o que provavelmente “só acontecerá para o ano que vem”. “Isto vai alterar profundamente o nosso funcionamento em sociedade e provocar enormes desafios”.

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