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PSD pede audição urgente de Augusto Santos Silva sobre exclusão de Portugal por parte de Inglaterra

A diplomacia portuguesa já reagiu, considerando a decisão do Reino Unido de excluir Portugal dos “corredores de viagem internacionais” como um “absurdo”, “errada” e que causa “muito desapontamento”, trazendo ainda graves consequências económicas e de confiança recíproca.
3 Julho 2020, 19h03

O PSD solicitou esta sexta-feira a audição urgente do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, a propósito da exclusão de Portugal da lista de destinos seguros do Governo Britânico e ainda das restrições e limitações impostas por outros às entradas com origem em Portugal.

O anúncio sobre os “corredores de viagem internacional” feito hoje em Londres aplica-se apenas a Inglaterra porque a Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia sobre matéria de saúde e cabe aos respetivos governos determinar as medidas que pretendem introduzir.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros manifestou-se hoje disponível para “ir imediatamente” ao parlamento prestar esclarecimentos sobre a exclusão de Portugal da lista de destinos seguros do governo britânico, disse à fonte do seu gabinete.

O ministro “está disponível para ir imediatamente à comissão parlamentar”, afirmou à Lusa fonte do gabinete do ministro Santos Silva, cuja presença no parlamento foi hoje requerida “com urgência” pela bancada do PSD, depois de ser conhecida a exclusão de Portugal da lista de destinos seguros elaborada pelo Reino Unido.

A diplomacia portuguesa já reagiu à decisão, considerando a decisão do Reino Unido de excluir Portugal dos “corredores de viagem internacionais” como um “absurdo”, “errada” e que causa “muito desapontamento”, trazendo ainda graves consequências económicas e de confiança recíproca.

O Reino Unido é o principal mercado emissor de turistas para Portugal, tendo representado 19,2% das dormidas de estrangeiros em 2019 e vindo a registar sucessivos crescimentos desde 2013, apenas interrompidos em 2018, de acordo com dados do INE.

Os destinos preferenciais dos hóspedes britânicos foram o Algarve (63,4% das dormidas do mercado), a Madeira (18,5%) e a Área Metropolitana de Lisboa (10,8%).

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