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PSD volta a liderar autarquia de Lisboa 14 anos depois (com áudio)

PS (perdeu um) e PSD (ganhou um) contam com sete vereadores cada. PCP (dois) e Bloco de Esquerda (um) mantiveram o número de vereadores. Socialistas Pedro Delgado Alves e Margarida Martins perderam freguesias. PS perdeu freguesias como Arroios, Alvalade, Avenidas Novas ou Parque das Nações.
27 Setembro 2021, 09h10

O PSD volta a liderar a câmara municipal de Lisboa 14 anos depois de o PS a ter conquistado com a primeira vitória de António Costa.

Nestas autárquicas, o PSD obteve conseguiu sete vereadores (mais um face a 2017), o mesmo número que o PS (menos um). Já a CDU conta com dois vereadores (manteve) e o Bloco de Esquerda com um (também manteve).

Olhando para as 24 freguesias, o PSD manteve: Belém, Estrela, Santo António e Areeiro. E conquistou ao PS: Parque das Nações, Arroios, Avenidas Novas, Alvalade, São Domingos de Benfica, Lumiar. Ao todo, o PSD venceu 10 freguesias na capital.

Já o PS manteve 13 freguesias e ganhou uma: Ajuda, Alcântara, Misericórdia, Santa Maria Maior, São Vicente, Penha de França, Beato, Marvila, Campo de Ourique, Campolide, Olivais, Benfica, Santa Clara. E roubou ao PCP a sua única freguesia em Lisboa, Carnide.

No Lumiar, por exemplo, o deputado socialista Pedro Delgado Alves perdeu a junta de freguesia para o epidemiologista Ricardo Mexia. E em Arroios, Margarida Martins perdeu a freguesia para Madalena Natividade.

“Que grande noite”, começou por dizer o vencedor das eleições autárquicas da capital, com a plateia a gritar “e salta Moedas, e salta Moedas, allez, allez”.

“Ganhámos contra tudo e contra todos. Fez-se história hoje em Lisboa”, disse Carlos Moedas numa sala cheia de apoiantes e de jornalistas na madrugada desta segunda-feira. Na plateia, encontrava-se o líder do PSD, Rui Rio, e o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos.

“Novos tempos. Acredito convictamente  que este novo ciclo começa em Lisboa, mas não vai acabar em Lisboa”, afirmou, destacando que as “sondagens estavam todas erradas”.

Apesar de não ter a maioria na câmara de Lisboa, e de haver uma maioria de esquerda, Carlos Moedas destacou que a vitória é do PSD, partido que vai assumir a governação nos próximos quatro anos. “O importante é que ganhamos a câmara. Vamos começar a trabalhar com todos. Vamos governar a câmara”.

Por sua vez, no discurso em que assumiu a derrota, Fernando Medina felicitou Carlos Moedas pela sua “vitória indiscutível”.

“Empenhar-me-ei pessoalmente na transição de todos os dossiês. Quero agradecer de forma profunda a todos os lisboetas. Que me deram o incrível privilegio de ser presidente desta cidade”, destacou, garantindo que está de consciência tranquila: “Dei tudo o que sei para servir esta cidade e o seu povo”.

Sem alterações: “Fazíamos o melhor que sabíamos e podíamos. Esta era a agenda correta para o futuro da cidade de Lisboa. Acima das visões programáticas está a democracia. Por um voto se ganha, por um voto se perde. Nestas eleições perdi”, acrescentou Fernando Medina.

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