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PSD votará a favor da renovação do estado de emergência mas alerta: “não basta confinar, é preciso mudar”

O social-democrata refere que o cenário que “hoje vivemos era evitável” e que há medidas que podem travar mais um confinamento no futuro.
13 Janeiro 2021, 10h07

Ricardo Batista Leite considerou que o país atravessa “os momentos mais difíceis no controlo à pandemia” uma vez que os especialistas ouvidos na reunião do Infarmed, esta terça-feira, alertaram para um aumento exponencial no número de casos e mortes caso não sejam adotadas medidas mais duras de controlo à disseminação dos casos.

Segundo o deputado do PSD, face ao agravamento da pandemia, o partido social democrata aprovará o estado de emergência, mas alerta que “mais tem que ser feito”.

“A vasta maioria das mortes por Covid-19 pode ser evitada. Decisões erradas têm um custo humano insuportáveis”, referiu esta quarta-feira, durante o debate na Assembleia da República sobre a renovação do novo estado de emergência que deverá vigorar a partir desta quinta-feira até 30 de janeiro. Segue-se a reunião do Conselho de Ministros, após a qual o primeiro-ministro deverá falar ao país para anunciar as novas medidas.

O representante do partido de Rui Rio salientou as “divergência profundas” que tem com o Governo, “porém, se se mudar de rumo, podermos evitar novos confinamentos e salvar mais vidas”.

“O descontrolo que hoje vivemos é evitável. O Governo, e o país, têm que ter a capacidade de compreender onde se falhou para aprender com os erros para que não se volte a falhar. Isto é particularidade relevante perante a imposição de um confinamento que trará um um profundo sofrimento a todos os portugueses, que não pode ser em vão”, afirmou.

Para Ricardo Batista Leite, os idosos, crianças, cidadãos em vida ativa que se arriscam a perder emprego, os empresários e as famílias são os principais afetados por esta medida de confinamento e por isso “exige-se mais deste Governo. Não basta confinar, é preciso mudar”, frisou relembrando as medidas de reforço na testagem e rastreamento de infeções.

“É preciso uma mudança radical no combate à Covid-19 para evitar uma subida de casos. É possível fazer melhor”, relembrou, mais uma vez.

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