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PSI 20 acompanha negociação em alta de bolsas europeias. Investidores observam bancos centrais e crude

O principal índice bolsista português soma 0,90%, para 4.149,29 pontos, em linha com as principais praças europeias.
27 Abril 2020, 08h20

O principal índice bolsista português (PSI 20) abriu a somar 0,90%, para 4.149,29 pontos, em linha com as principais praças europeias esta segunda-feira, 27 de abril. A bolsa portuguesa acompanha a conjuntura europeia, com os investidores a observar os bancos centrais e os preços do petróleo.

Os bancos centrais das principais economias têm dado sinais de combate à pandemia da Covid-19, que os mercados bolsistas têm entendido como positivos. Esta segunda-feira, o Banco do Japão (BoJ) cortou os limites à compra de dívida do país, de forma a controlar o impacto económico que o novo coronavírus está a ter na região.

Como resposta, o nipónico Nikkei subiu 2,75%, enquanto os principais índices da China, Coreia do Sul e Hong Kong ganharam entre 0,7% e 2%.

De acordo com os analistas do BPI, a medida do BoJ estará a impulsionar os índices europeus, bem como os crescentes indícios de que a atividade económica da na Europeia “iniciou o seu processo de normalização”. “A título de exemplo refira-se que a Volkswagen anunciou que a produção na sua maior fábrica já retomou a produção. Esta fábrica situada em Wolfsburg irá retornar à normalidade com progressivos aumentos da produção”, apontam os analistas do BPI.

A resposta do BoJ está em linha do que o Banco Central Europeu e a Reserva Federal dos Estados Unidos tinham feito já. Ainda esta semana, o BCE e a Fed voltam a reunir, podendo sair desses encontros novidades em termos de política monetária para combater para suprir os efeitos económicos do surto epidemiológico do novo coronavírus.

A condicionar, contudo, a evolução do mercado bolsista na Europa estão os preços do petróleo. O mercado petrolífero negoceia em queda esta segunda-feira: em Nova Iorque, o WTI afunda 13,99%, para 14,59 dólares; o Brent, negociado em Londres e que é referência para Portugal cai 5,20%, para 23,51 dólares.

Os investidores observam, sobretudo, a capacidade norte-americana de armazenamento de barris de petróleo, receando que o não se repita o que aconteceu com os contratos futuros relativos aos barris para entrega em maio. Mas a procura do “ouro negro” continua em baixo, o que não resolve o pessimismo dos investidores.

Catorze empresas cotadas impulsionam PSi 20
Na bolsa portuguesa, contam-se catorze empresas cotadas a negociar em alta e outras quatro a desvalorizar na abertura da sessão. O PSI 20 é impulsionado pelos ganhos dos CTT (2,59%) e da Ibersol (5%), bem como pelos títulos da Sonae (1,17%), da NOS (1,24%) e das papeleiras Altri (1,82%) e Semapa (2,67%).

Mas o s investidores deverão observar, ainda, a performance da Galp Energia, cujos resultados relativos ao primeiro trimestre de 2020 foram reportados ao mercado esta segunda-feira, antes da abertura da sessão. Por isso, contrariando a tendência do mercado petrolífero, os títulos da empresa liderada por Carlos Gomes da Silva abriram a negociar a crescer 0,53%, para 9,46 euros.

De acordo com o veiculado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o lucro da Galp tombou 72%, para 29 milhões de euros entre janeiro e março de 2020, espelhando a quebra na procura no mercado petrolífero devido à pandemia da Covid-19. Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuaram 5% para 469 milhões.

A petrolífera informou que perante a queda acentuada da procura e dos preços dos produtos petrolíferos, “está a desenvolver ações com vista a reduzir significativamente as despesas nos próximos trimestres”. Além disso, a petrolífera portuguesa anunciou que vai atualizar as suas projeções sempre que for oportuno, devido ao atual contexto no mercado.

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