O principal índice bolsista nacional, PSI 20, avança 0,53%, para 5.023,06 pontos, em linha com as principais congéneres europeias. Esta terça-feira, em Lisboa, a Nos é o motor do índice.
“O ambiente na maioria das praças europeias é de otimismo, pese embora a revelação de que os analistas e investidores na zona euro terão perdido alguma confiança na situação atual e nas perspetivas para os próximos seis meses”, analisa o Mtrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.
Entre as cotadas do PSI 20, a empresa de telecomunicações Nos é “um dos títulos mais animados, após uma recomendação de compra”. A empresa liderada por Miguel Almeida avança 4,83%, para 5,10 euros.
A construtora Mota-Engil também apresenta um bom desempenho, na primeira metade da sessão de hoje, valorizando 2,86%, para 1,86 euros.
Segue-se os CTT (2,38%), EDP (1,79%) e REN (1,02%) a puxar pelo PSI 20.
Destaque para a EDP, que hoje pronunciou-se, antes da abertura do mercado, sobre o aumento das tarifas de eletricidade no mercado regulado, reforçando a ideia de que vai “defender os seus direitos e interesses”.
Ainda no grupo EDP, foco para a desvalorização da EDP Renováveis (-0,12) no dia em que foi anunciado que a empresa, liderada por João Manso Neto, vai fornecer energia eólica à Walmart, nos Estados Unidos.
Também a Galp e a Sonae travam os ganhos do PSI 20. A energética perde 1,64%, para 15,3 euros, quando, no mercado petrolífero, o Brent perde 0,76%, para 80,17 dólares, e o WTI recua 0,85%, para 71,17 dólares.
O recuo no preço do petróleo justifica-se pelas tensões entre EUA e Arábia Saudita: “Parecem ter aliviado um pouco, justificando a descida das cotações do petróleo”.
Já a retalhista recua 2,20%, para 0,82 euros, após JB Capital Markets ter revisto em baixa a recomendação das ações para “neutral”.
Ainda em Portugal, Mário Centeno entregou, na segunda-feira, a proposta de Orçamento do Estado para 2019 na Assembleia da República, contemplando uma meta de défice de 0,2% do PIB. Hoje, “os juros da dívida pública portuguesa também estão a recuar”, explica Ramiro Loureiro.
Noutras praças da Europa: o alemão DAX avança 0,54%, o francês CAC ganha 0,44%, o holandês AEX valoriza 0,41%, o espanhol IBEX 35 sobe 1,21% e o italiano FTSE MIB cresce 1,10%. Em contraciclo, o britânico FTSE 100 perde 0,17%.
Ramiro Loureiro afirmou que a “abertura foi tranquila nas praças europeias”, quando o governo italiano “confirmou o orçamento para 2019 e entregou na mesa da União Europeia, com a descida das yields a mostrarem que foi recebido com tranquilidade pelo mercado, o que suporta o sentimento no setor da banca”.
Entre as divisas, o euro aprecia 0,02%, para 1,15 dólares.
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