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PSI 20 cai, penalizado pelo BCP e resultados da Sonae

A praça portuguesa perde 0,23%, para 5,253,56 pontos, esta quinta-feira. Destaque para a Sonae, que apesar de ter apresentado um crescimento de 33,7% dos lucros de 2018, cai quase 1,90%.
21 Março 2019, 09h00

O principal índice bolsista português, PSI 20, perde 0,23%, para 5,253,56 pontos esta quinta-feira, com a praça nacional a reagir a notícias de específicas de empresas, como os resultados da Sonae e a antevisão das contas da REN, mas também pela reação dos investidores à reunião da Fed.

Em Lisboa, os títulos da Sonae são o destaque por perderem 1,90%, para 0,95 euros, após a empresa ter revelado um crescimento do lucro de 33,7%, para 222 milhões de euros em 2018. Segundo os dados comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a rentabilidade melhorou, com a subida de 26,7% do EBITDA total (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 483 milhões de euros. Já o volume de negócios consolidado atingiu os seis mil milhões de euros (+8,1%), com o contributo positivo de todas as áreas, com destaque para a Sonae MC (+7,0%) e para a Worten (+7,6%), que apresentaram igualmente elevados crescimentos no mesmo universo de lojas.

A energética REN que hoje, após o fecho da sessão apresenta, resultados trimestrais, é outro destaque. A empresa cotada, de acordo com uma nota do CaixaBank BP Research, deverá apresenta um aumento de 4% nas receitas, para 239 milhões de euros, face a igual período de 2018. O EBITDA terá diminuido 10%, para 111 milhões de euros, sendo que o resultado líquido deverá ter caído 4%, para 22 milhões de euros. A REN perde 0,15%, para 2,64 euros.

As quedas dos títulos da Pharol (-2,12%), da Navigator (-1,74%), do BCP (-1,27%) e dos CTT (-0,88%) também marcam a primeira hora da sessão.

A evitar que a queda do PSI 20 seja mais acentuada estão as valorizações da Galp (0,87%) e EDP (0,72%).

Entre as principais praças europeias, o momento vivido é de reação à reunião de quarta-feira da Reserva Federal dos EUA (Fed). A Fed decidiu manter a taxa de juro de referência para os EUA inalterada no intervalo 2,25%-2,50% e referiu que qualquer aumento só deve acontecer em 2020. “A justificar está a descida das perspetivas económicas e a inexistência de pressões inflacionistas”, explicou o MTrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro. A isto, acresce que o banco central norte-americano cortou as projeções de crescimento económico, estimando agora que o PIB norte-americano se expanda 2,1% em 2019. Já a Inflação deverá ficar nos 1,8%, ligeiramente aquém da estimativa anterior (1,9%).

Outro tema colocar os mercados expectantes é o Brexit. Esta quinta-feira ocorre uma reunião do Conselho Europeu, durante a qual a primeira-ministra britânica, Theresa May, irá pedir a extensão da data de saída do Reino Unido da União Europeia. Para ter sucesso, May terá de apresentar um plano de saída bem detalhado.

[Dados das 8h21]

 

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