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PSI-20 caiu no último mês 12% face a agosto de 2019. Energéticas continuam a ser os “pesos pesados”

No top 10 das cotadas com maior peso no índice, quatro estão ligadas à energia. O “ranking” é liderado pela EDP, com um peso de 13,94%, seguindo-se a EDP Renováveis (13,05%) – tendo sido a cotada que mais reforçou o seu peso -, a Galp Energia (10,57%) e a REN (9,32%).
1 Setembro 2020, 17h45

O PSI-20, o principal índice da bolsa de Lisboa que reúne títulos das 18 maiores cotadas nacionais, tombou 12% em agosto deste de 2020, em termos homólogos, encerrando o oitavo mês de negociação deste ano nos 4.301,08 pontos, de acordo com os indicadores mensais do mercado de capitais português divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta terça-feira.

Os indicadores, relativos a agosto deste ano, demonstram que as empresas da indústria energética continuam a ter o maior peso no PSI-20, tal como há um ano atrás. No top 10 das cotadas com maior peso no índice, quatro estão ligadas à energia. O ranking é liderado pela EDP, com um peso de 13,94%, seguindo-se a EDP Renováveis (13,05%) — tendo sido a cotada que mais reforçou o seu peso —, a Galp Energia (10,57%) e a REN (9,32%). Depois, surge uma retalhista, a Jerónimo Martins, com um peso de 0,32%, e a telecom NOS, com um peso de 9,11%. No top 10 encontram-se ainda o Millennium bcp, que é o único banco cotado em bolsa em Portugal, a Sonae, a Navigator e ainda a Corticeira Amorim.

O mês de agosto marcou ainda uma diminuição dos valores negociados. Segundo as estatísticas da CMVM, no mercado secundário o valor das transações ascendeu a cerca de 1.406 milhões de euros, o que representa uma queda em cadeia de 39,4% e uma queda homóloga de 27,1%.

A capitalização bolsista da Euronext Lisbon cresceu face a julho de 2020 e por comparação com agosto de 2019. No mês passado, a capitalização bolsista da Euronext Lisbon ascendeu a 217.664,2 milhões de euros, mais 1,4 % do que no mês anterior e mais 4,5% do que em agosto do ano passado. O segmento acionista expandiu 2,2%, para 61.684,5 milhões de euros, enquanto o segmento obrigacionista cresceu 1,2% para 153.770,1 milhões de euros.

No MTS Portugal, onde é negociada a dívida pública, o valor das transações acumuladas nos primeiros oito meses do ano ascenderam a pouco mais de 50 mil milhões de euros, cerca de 50% menos do que em igual período do ano anterior.

Destaque ainda para quebra de sessões especiais do mercado este ano por comparação com o ano anterior. Este ano, apenas a Sport Lisboa e Benfica, SAD, realizou uma operação pública de subscrição, tendo emitido um empréstimo obrigacionista no valor de 50 milhões de euros, em julho deste ano.

No ano passado, foram realizadas, até agosto, quatro empréstimos obrigacionistas no valor 242 milhões de euros e ainda uma oferta pública de aquisição, quando o empresário João Pereira Coutinho lançou uma OPA sobre a SAG Gest, no valor de 1,6 milhões de euros.

 

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