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PSI 20 continua a somar, empolgado pelos ganhos da Europa

“O PSI 20 acompanha os ganhos das praças europeias, que estão em alta depois das perdas da semana passada”, explica ao Jornal Económico Steven Santos, analista do BiG. “Ainda assim, tratam-se de ganhos bastante contidos e pouco significativos”, indica.
  • Simon Dawson/Reuters
14 Fevereiro 2018, 13h27

A bolsa nacional está esta quarta-feira, dia 14 de fevereiro, a negociar com tendência positiva, a meio da sessão, acompanhando as praças europeias. O principal índice português, PSI 20, ganha 0,65%, para 5.400,14 pontos, impulsionado pelas valorizações da Corticeira Amorim e das empresas do retalho.

“O PSI 20 acompanha os ganhos das praças europeias, que estão em alta depois das perdas da semana passada”, explica ao Jornal Económico Steven Santos, analista do BiG. “Ainda assim, tratam-se de ganhos bastante contidos e pouco significativos”, indica.

A liderar os ganhos está a Corticeira Amorim, que soma 2,39% para 10,280 euros. Steven Santos explica que a cotada está de regresso aos ganhos, depois das fortes perdas das últimas semanas. “Trata-se de uma correção técnica”, nota.

No setor do retalho, a Sonae soma 0,33% para 1,205 euros e a Jerónimo Martins avança 0,35% para 17,335 euros. Ao início da manhã tinha sido avançado que a Sonae estaria a estudar a compra da Walmart no Brasil, depois de há 12 anos ter fechado as suas 140 lojas e abandonado o país. A empresa veio entretanto negar estar envolvida em quaisquer negociações.

Em relação às energéticas, a EDP valoriza 1,21% para 2,754 euros e a REN avança 1,15% para 2,472 euros. Também a EDP Renováveis está a registar ganhos, depois de ter sido alvo de um upgrade de “performance abaixo do mercado” para “neutral” por parte do banco de investimento Credit Suisse. A recomendação mantém, no entanto, um price target de 2,70 euros.

O BCP, que esta quarta-feira revela os resultados de 2017 à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), valoriza 0,27% para 0,295 euros.

Em terreno positivo estão ainda a NOS (0,99%), os CTT (1,29%), a Navigator (0,78%), a Semapa (0,90%), a Pharol (1,10%), a Mota-Engil (1,42%) e a Sonae Capital  (1,16%).

A negociar em contraciclo, a Galp Energia recua 0,10% para 14,415 euros, a Ibersol perde 0,42% para 11,750 euros e a Altri desvaloriza 0,56% para 4,415 euros.

Nas restantes praças europeias predomina também o sentimento positivo. O alemão DAX soma 0,10%, o francês CAC 40 ganha 0,20%, o espanhol IBEX 35 sobe 0,38%, o holandês AEX valoriza 0,36%, o britânico FTSE 100 avança 0,32% e o italiano FTSE MIB segue com uma variação positiva de 0,14%.

“Todos os índices da Europa estão positivos e parecem quer levantar a cabeça depois das quedas da semana passada”, explica o analista do BiG. “Regista-se um movimento de retração, com o fecho de posições curtas, mais do que propriamente uma recuperação dos índices. As bolsas estão em compasso de espera para a divulgação de resultados da inflação nos Estados Unidos. As projeções apontam para que, em janeiro, a variação mensal tenha ficado nos 0,3%, enquanto a variação anual se prevê nos 1,9%”.

Steven Santos explica que os investidores estão “impacientes para saber estes dados, tendo em conta que estes vão ditar os timings de uma possível subida das taxas de juro pelo banco central norte-americano (Fed)”. “Depois dos receios das últimas sessões em relação a uma possível subida das taxas de juro, estes são dados muito aguardados”, sublinha.

O analista do BiG indica que esta quarta-feira serão também conhecidos os dados das vendas a retalho de janeiro. As previsões apontam para um crescimento mensal de 0,2%, afirma.

No mercado petrolífero, o brent perde 10,97% para os 62,11 dólares por barril e o crude WTI desvaloriza 1,39%, para 58,37 dólares. “O brent, que serve de referência para Portugal, continua a sua trajetória descendente, tendo a barreira dos 61,80 como apoio técnico”, nota Steven Santos. “É preciso lembrar que o mercado sofreu uma queda de quase 13%, desde que tocou máximos a 25 de janeiro”, acrescenta.

No mercado cambial, o euro perde 0,47% para 1,229 dólares e a libra recua 0,50% para 1,382 dólares.

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