O principal índice bolsista português (PSI 20) negoceia em terreno positivo, somando 0,67% para 4.249,09 pontos, em linha com as principais congéneres europeias. O mercado no Velho Continente perdeu “algum fulgor desde a abertura”, de acordo com o Mtrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro, apesar dos investidores estarem animados com o compromisso comercial assumido pelos EUA e pela China, bem como pela segunda semana consecutiva de ganhos, “algo que não aconteceia desde fevereiro”.
O referido compromisso comercial prevê um acordo de cooperação económica e em termos de saúde pública entre Washington e Pequim, uma iniciativa conjunta dos dois Estados tomada depois de uma chamada telefónica entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, e o responsável pelo Comércio norte-americano, Robert Lighthizer, assim como o secretário do Tesouro Steven Mnuchin.
Na quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, já tinha anunciado o futuro compromisso.
No mercado petrolífero, a negociação é positiva com o Brent a valorizar 0,64%, para 29,63 dólares. Por oposição, o WTI avança 0,51%, para 23,39 dólares.
“O petróleo segue lançado para a sua segunda semana consecutiva de ganhos, algo que não sucedia desde fevereiro, depois de cortes na produção e uma recuperação da procura da matéria-prima”, comenta Ramiro Loureiro.
No plano macroeconómico, as exportações na Alemanha recuaram a um ritmo mais acentuado que as importações no mês de março. As exportações na Alemanha recuaram a ritmo mais acentuado que as importações: exportações desceram 11,8% em março face a fevereiro (esperava-se uma descida de apenas 5%); importações desceram 5,1% (aguardava-se uma queda de 4%).
“Já em Espanha a produção industrial demonstrou uma contração maior do que o esperado no mês de março”, adianta o analista.
Na bolsa portuguesa, o PSI 20 conta com onze empresas cotadas a valorizar e sete negoceiam em terreno negativo. A sessão nacional é marcada pelo desempenho dos títulos da EDP, que informou o mercado na quinta-feira sobre as contas do primeiro trimestre de 2020.
O resultado líquido da empresa liderada por António Mexia cresceu 45% em termos homólogos, para 146 milhões de euros, revelando que a pandemia da Covid-19 teve um impacto pouco significativo nas contas da energética.
A empresa informou o mercado, ainda, que o EBITDA aumentou 6%, para 980 milhões de euros, e que a dívida líquida caiu 8%, para 12,7 mil milhões de euros, o valor absoluto mais baixo em 13 anos. Em março, a EDP registava uma liquidez financeira de 6,9 mil milhões de euros. A EDP vai distribuir um dividendo de 0,19 euros/ação a partir de 14 de maio, sendo que os títulos deixam de conferir direito ao mesmo a 12 de maio, inclusive. Esta sexta-feira, a EDP dispara 5,40%, para 4,10 euros.
Os títulos da Navigator (2,16%), da Mota-Engil (2,80%), da Pharol (1,46%) e Ramada (10,13%) também apresentam ganhos consideráveis a meio da sessão.
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