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PSI-20 fecha no verde mas abaixo dos ganhos na Europa. Juros em mínimos

A banca lidera a subida das bolsas europeias em dia de eleições presidenciais nos EUA. Por cá, a EDP Renováveis liderou as subidas no PSI-20, mas Lisboa fechou em ‘underperformance’ face às praças europeias. Os juros da República estão em mínimos. A yield a 10 anos está em 0,08%.
  • Benoit Tessier / Reuters
3 Novembro 2020, 17h36

O PSI-20 fechou a sessão desta terça-feira com uma subida de 0,71%, para 4.047,75 pontos, o que compara mal com as subidas dos principais índices europeus que fecharam em alta de mais de 2%. O EuroStoxx 50 valorizou 2,59% para 3.097,77 pontos.

A EDP Renováveis liderou as subidas, ao avançar 3,45% para 16,78 euros. A Pharol ganhou 3,44% para 0,0933 euros e também se destacou na valorização. Mas entre as ações que mais contribuíram para a subida do índice encontra-se a EDP que subiu 1,15% para 4,31 euros. A Galp ganhou 0,71% para 7,35 euros e a REN valorizou 1,10% para 2,30 euros.

Os CTT também se notaram na sessão ao aumentarem o valor em bolsa em 1,58% para 2,25 euros.

O BCP fechou a subir 0,91% para 0,0775 euros. A banca em época de resultados sobe na Europa. Foi o caso do BNP Paribas que valorizou 6,12% em bolsa depois de o banco francês ter anunciado um aumento nas negociações de moedas e commodities no terceiro trimestre que o ajudou a colocar no caminho para superar previsão de lucro para 2020, apesar da redução nas margens causadas pelas taxas de juros mais baixas. O lucro líquido do BNP Paribas nos primeiros nove meses caiu 13,4%, acima de sua projeção de lucro para o ano inteiro de queda de 15% a 20%, que o banco não alterou.

O BNP Paribas reportou ainda um lucro líquido trimestral de 1,89 mil milhões de euros, o que traduz  uma queda de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita ficou praticamente estável em 10,89 mil milhões, quando os analistas previam lucro líquido próximo a 1,57 mil milhões de euros e receita próxima a 10,7 mil milhões.

“O BNP Paribas demonstra sua alta resiliência graças à sua solidez financeira, sua diversificação e o poder de execução de suas plataformas”, disse o presidente-executivo, Jean-Laurent Bonnafe, em comunicado.

Na Bolsa de Lisboa, a queda da Semapa (-1,18%), Navigator (-1,36%), Corticeira Amorim (-1,20%), Jerónimo Martins (-0,90%) e Ibersol (-1,27%) travaram a subida do índice.

As bolsas europeias fecharam em alta pelo segundo dia consecutivo esta semana, em dia de eleições presidenciais nos EUA. Os ganhos foram transversais a todos os setores no universo Stoxx 600, mas “a banca foi o setor que mais subiu (+4,39%), com a valorização do BNP Paribas em destaque depois de reportar os resultados do terceiro trimestre”, diz o analista do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.

Hoje as eleições presidenciais dos EUA estão no centro de todas as atenções, sendo que os resultados podem não ficar definidos hoje, uma vez que em alguns estados faltarão contabilizar os votos por email.

No universo Stoxx600 os ganhos são transversais a todos os setores, mas os cíclicos a apresentaram as maiores valorizações. A joalharia dinamarquesa Pandora subiu 2,86%, a suíça Adecco fechou a subir 5,61% e a alemã Hugo Boss ganhou 2,33%. Já a HelloFresh e a AB Foods reagiram negativamente aos números apresentados.

O FTSE 100 de Londres fechou a subir 2,15% para 5.776,71 pontos; o CAC valorizou 2,44% para 4.805,6 pontos; o DAX subiu 2,47% para 12.079,3 pontos; o FTSE MIB disparou 3,01% para 18.953,2 pontos; e o IBEX 35 avançou 2,47% para 6.748,2 pontos.

Nas matérias-primas o preço do petróleo Brent valoriza 2,49% para 3,94 dólares o barril, após rumores de que a OPEP+ pode estar perto de acordo sobre o adiamento do aumento de produção em 2 milhões de barris diários, que estava previsto para janeiro de 2021.

O euro ganha 0,75% para 1,1728 dólares em dia de eleições dos EUA.

Os juros soberanos portugueses estão em mínimos históricos. As OT a 10 anos têm os juros a descerem 1,13 pontos base para 0,08%, abaixo da yield espanhola que está no mercado secundário a 0,11% (-1,13 pontos base). A dívida alemã sobe 1,9 pontos base para -0,62%.

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