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PSI 20 fecha no ‘vermelho’ com os CTT a tombarem 2% antes dos resultados

A Pharol liderou as quedas no índice nacional, após o regulador brasileiro ter impedido a Oi de concretizar o aumento de capital. No dia a seguir a ter sido anunciado que vai sair do PSI 20, a Novabase também caiu a pique.
  • Cristina Bernardo
7 Março 2018, 16h41

A Bolsa de Lisboa fechou esta quarta-feira com uma perda ligeira, acumulando cinco sessões consecutivas a desvalorizar, num dia de ganhos para a Europa. Em destaque no índice de referência nacional, que deslizou 0,12% para 5.347,76 pontos, estiveram os tombos da Pharol, CTT e Novabase, enquanto a Mota-Engil, Semapa e EDP contrariaram.

“A bolsa portuguesa encerrou sem variações consideráveis, num dia em que se destacaram a prestações do BCP e dos CTT (pela negativa) e da Mota-Engil (pela positiva)”, explicaram os analistas do BPI.

O operador postal, que tem marcada a apresentação resultados ao mercado após o fecho da sessão, caiu 2,29% para 3,154 euros por ação. Os analistas do Caixa BI estimam que os lucros da empresa tenham caído 50% 30,6 milhões de euros, em comparação com o ano passado. No quarto trimestre, os CTT terão registado uma queda de 30,8% face ao período homólogo.

No entanto, a cotada que mais caiu foi a Pharol, que está a reagir à disputa com a telecom brasileira Oi, de que é a principal acionista. O regulador brasileiro impediu a Oi de concretizar o aumento de capital, tal como a Pharol tinha defendido. As ações da portuguesa perderam 5,78% para 0,212 euros.

Entre os pesos-pesados do índice, desvalorizaram ainda o BCP (1,49%), Galp Energia (1,18%), Corticeira Amorim (0,70%) e Altri (1,50%).

A tecnológica Novabase, que vai sair do PSI 20 a 19 de março por decisão da Euronext conhecida esta quarta-feira, caiu 3,79% para 2,79 euros.

Em sentido contrário, a Mota-Engil valorizou 1,87% para 3,820 euros, liderando os ganhos no PSI 20. No verde fecharam também a Semapa (1,50%), Navigator (0,86%), EDP (0,82%), Sonae (0,70%), NOS (0,57%), REN (0,49%) e Jerónimo Martins (0,27%).

“As bolsas europeias encerraram em alta. Os produtores de matérias-primas conseguiram resistir a perdas significativas, não obstante a onda de receios desencadeada pela saída de um dos conselheiros do Presidente Donald Trump”, referem os analistas do BPI sobre a demissão de Gary Cohn, antigo banqueiro da Goldman Sachs e um dos principais idealizadores da reforma fiscal aprovada há poucos meses.

Na Europa, o índice Euro Stoxx 50 ganhou 0,60%, enquanto o alemão DAX ganhou 1,10%, o francês CAC 40 subiu 0,83%, o espanhol IBEX 35% valorizou 0,19% e o britânico FTSE 100 avançou 0,16%. A bolsa italiana, FTSE MIB, continua em destaque, tendo fechado com um ganho de 1,22%, a prolongar a correção após a queda causada pelas eleições.

No mercado cambial, o euro aprecia-se 0,02% para 1,240 dólares. “No mercado de dívida, o dia ficou marcado pelo facto das yields das Obrigações do Tesouro a 10 anos terem atingido o mínimo desde 16 de janeiro, nos 1,844%”, acrescentam.

[Notícia atualizada às 17h05]

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