A bolsa portuguesa está a negociar em baixa, a meio da sessão desta quinta-feira, dia 14 de junho, acompanhando a tendência negativa das congéneres europeias. O principal índice nacional, PSI-20, desvaloriza 0,79%, para 5.638,36 pontos, em dia de reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Os mercados esperam uma decisão sobre o fim do programa de compra de ativos e um entrave, então, aos estímulos económicos do regulador.
A maioria das cotadas está no ‘vermelho’, com a Altri (-2,94%, para 8,700 euros) e a Sonae a liderarem as perdas (-2,20%, para 1,1120 euros). A cair estão ainda a Pharol (-0,78%), a Semapa (-1,45%), a Navigator (-1,92%), o BCP (-1,20%, para 0,2707), a Jerónimo Martins (-1,08%, para 13,2350 euros), a F. Ramada (-1,11%), bem como os CTT – Correios de Portugal (-1,45%).
A NOS ganha 1,06%, para 4,7640 euros, e está em contraciclo, a beneficiar da subida no setor das telecomunicações, que, a par com a indústria, ‘brilha’ nos mercados europeus. A ‘verde’ ainda a Sona Capital (+0,11%, para 0,9310 euros) e a Ibersol, no pódio das valorizações da bolsa de Lisboa (+1,36%, para 11,200 euros).
A EDP – Energias de Portugal anunciou ontem à tarde a venda de 641 milhões em securitização de défice tarifário de eletricidade em Portugal. Os títulos da empresa liderada por António Mexia perdem 0,12%, para 3,3900 euros a meio da sessão. Já a EDP Renováveis, após o BPI avaliar os targets da empresa em 25% acima da OPA [9,15 euros], subiu 0,49%, para 8,2100 euros. Ainda neste setor, a Galp Energia resvala 0,77%, para 16,0450 euros, e a REN desliza 0,42%.
“Em maio, a EDP anunciou que mandatou a StormHarbour para a transação Volta VI, uma operação de titularização de créditos detidos pela EDP Serviço Universal e que agora se concretiza. Esta é a terceira operação de securitização anunciada este ano (total acumulado de 888 milhões de euros) e irá contribuir para a diminuição das necessidades de fundo de maneio da empresa e para o seu processo de desalavancagem financeira”, comentam os analistas do Caixa BI, no habitual comentário matinal.
Quanto às principais praças europeias, ‘tremeram’ com a indicação da Reserva Federal norte-americana de uma possível quarta subida das taxas de juro ainda em 2018. “A reunião da Fed era um dos eventos de risco esta semana e, apesar de o mercado já esperar um aumento, foi sinalizado com clareza mas sem garantia novas subidas até ao final do ano”, afirmou ao Jornal Económico João Sàágua, analista da BiG Research.
O índice alemão DAX perde 0,37%, o britânico FTSE 100 regista uma variação negativa de 0,68%, o francês CAC 40 quebra 0,46%, o italiano FTSE MIB recua 0,70%, o espanhol IBEX 35 desvaloriza 0,18% e o holandês AEX cai 0,87%. O mesmo porta-voz salienta, no entanto, o “discurso confiante, a que já nos habituou Powell” e a “crença no crescimento sólido da economia”. Para a reunião de hoje, João Sàágua antecipa uma decisão mais concreta de Mario Draghi na próxima reunião, em julho.
No mercado petrolífero, o Brent perde 0,46%, para 76,39 dólares, e o crude WTI avança 0,26%, para 66,81 dólares. Quanto ao mercado cambial, o euro soma 0,26 %, para 1,1822 dólares, e a libra ganha 0,34%, para 1,3422 euros.
“As praças europeias arrancam em baixa, depois de a Fed ter subido as taxas de juros nos EUA, como previsto, mas sinalizado já quatro aumentos em 2018. Foi a segunda subida este ano e a Reserva Federal sinalizou a possibilidade de termos quatro aumentos em 2018, mais um do que estava previsto no início”, explica Ramiro Loureiro, Mtrader do Millennium bcp.
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