A Polícia de Segurança Pública (PSP) utiliza critérios étnicos para avaliar o risco de zonas urbanas sensíveis (ZUS), de acordo uma diretiva (nº 16 de 2006) da Direção Nacional desta polícia, a que o “Público” teve acesso. Segundo o matutino, existe uma grelha em que a PSP classifica o grau de risco de um bairro problemático [ZUS] dependendo se a sua “composição étnico-social” é “estável, instável ou problemática”.
Apesar de não ser permitido recolher dados sobre etnias ou raças, a tabela em causa chegou mesmo ser utilizada num relatório de avaliação de ZUS, em 2016, no qual se mede o grau de risco de bairros num concelho a Norte de Lisboa onde moram cidadãos de etnia cigana, de origem africana e caucasiana.
“Esse não é um elemento na identificação do risco do bairro. Temos bairros com diversas etnias que não são problemáticos nem estão classificados como tal”, disse ao jornal a secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna. Isabel Oneto afirma que se há alguma referência à etnia ou origem racial dos habitantes é “para identificar [o bairro] na perspetiva da inserção”.
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