A Polícia de Segurança Pública (PSP) vigiou e fotografou dois jornalistas por ordem do Ministério Público (MP), em concreto da procuradora Andrea Marques do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa (DIAP), revelou a revista “Sábado” na terça-feira, cujo jornalista Carlos Rodrigues Lima, foi um dos visados pelas autoridades policiais.
O outro jornalista vigiado é Henrique Machado, ex-jornalista do “Correio da Manhã”, e que se encontra atualmente na TVI. Segundo a “Sábado”, na base desta vigiliância está o facto de a procuradora querer saber com quem é que ambos os jornalistas contactavam no universo dos tribunais, apesar de a investigação em causa dizer só respeito a uma eventual violação do segredo de justiça no caso E-toupeira.
Esta vigilância diligência foi ordenada à PSP sem qualquer mandado de um juiz de instrução, nem a procuradora deste processo revelou qualquer preocupação legal com a quebra do sigilo do jornalista através da vigilância, algo que de acordo com a lei, só um tribunal superior pode ordenar a quebra do sigilo dos jornalistas.
Já esta quarta-feira, 13 de janeiro, a revista “Visão” avança que o DIAP ordenou que fossem também extraídos o histórico de mensagens telefónicas trocadas entre a sua jornalista Sílvia Caneco, e uma das suas fontes e também as SMS entre a ex-jornalista da “SIC” Isabel Horta e uma das suas fontes.
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