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Publicação da nova proposta de lei para o Brexit adiada. May em risco de demitir-se amanhã

O governo britânico adiou a publicação da nova proposta de lei para o Brexit, inicialmente prevista para sexta-feira para que fosse votada na semana que se inicia a 3 de junho. Impresa britânica antecipa demissão da primeira ministra esta sexta-feira.
  • Christopher Furlong/REUTERS
23 Maio 2019, 12h57

A proposta de lei sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) não consta do programa legislativo anunciado pelo governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, aos deputados.

A proposta define os termos do Brexit, sendo que Theresa May assegura que é “a última oportunidade” de garantir uma saída ordenada. “Informaremos a câmara sobre a publicação e a introdução da proposta de lei sobre o acordo de saída depois da pausa parlamentar”, até 4 de junho, afirmou o representante do executivo, Mark Spencer.

A primeira-ministra está sob intensa pressão para se demitir devido à dificuldade em apresentar um plano satisfatório para fazer o Reino Unido sair da UE. E essa pressão agravou-se, segundo o jornal britânico “The Times“, que escreve que a primeira-ministra britânica deverá abandonar o número 10 de Downing Street já esta sexta-feira. A publicação cita fontes dos conservadores próximas de Theresa May, após mais uma demissão no executivo de Londres, desta vez da ministra dos Assuntos Parlamentares, Andrea Leadsom, eurocética e pró-Brexit.

Andrea Leadsom justificou a demissão afirmando “já não acreditar” que o governo esteja em condições de concretizar o resultado do referendo de junho de 2016 que ditou o Brexit. Theresa May disse que apresentaria uma nova proposta de saída da União Europeia, mas, na carta de demissão, Leadsom escreveu que “mais um voto sobre o Brexit criaria perigosas divisões” e que o Reino Unido deixaria de ser totalmente soberano com o acordo proposto.

O “The Times” cconfirma que Theresa May foi encurralada depois de alguns ministros se terem juntado à revolta do Partido Conservador. O britânico diz ainda que a contestação a Theresa May não é feita apenas por defensores de uma saída do Reino Unido da UE, tornando muito frágil a posição da governante.

O adiamento anunciado hoje ocorre no mesmo dia em que o Reino Unido realiza eleições para o Parlamento Europeu, um escrutínio em que os conservadores deverão registar uma perda acentuada de votos

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