Purificadores de ar para combater a Covid-19, sim ou não?

Muito se escreve e se lê sobre produtos, técnicas, e aparelhos para combater a propagação do novo coronavírus ou a pandemia de COVID-19.

Os purificadores de ar são um dos aparelhos cuja procura aumentou bastante numa tentativa de vencer esta doença.

Estes aparelhos são, em geral, compostos por ventiladores e dispositivos de filtragem. Os ventiladores sugam o ar da divisão onde se encontram e o sistema de limpeza filtra vários poluentes. Depois libertam o ar filtrado. No entanto, esta filtragem de ar está longe de ser eficaz para todos os poluentes.

Independentemente do modelo, e há muitos disponíveis no mercado, um purificador de ar não mata os vírus ou outros micro-organismos patogénicos. Ou seja, um purificador de ar pode capturar tecnicamente uma porção de partículas do tamanho de vírus que sejam transportados pelo ar, impedindo-os de se multiplicarem e de permanecerem ativos por muito tempo. Mas nenhum purificador de ar pode proteger completamente de um vírus.

É público que os cientistas acreditam que o novo coronavírus é transmitido por contacto pessoa a pessoa e por contacto com superfícies contaminadas por gotículas carregadas de vírus expelidas pela tosse ou espirro de pessoas infetadas, podendo essas gotículas permanecer no ar até uma distância de dois metros. Portanto, as medidas mais eficazes para evitar o contágio são o distanciamento social e o reforço da lavagem das mãos e da desinfeção de espaços e superfícies como principal meio de proteção.

Daqui se conclui que os purificadores de ar não devem ser considerados uma primeira linha de defesa contra o vírus que causa a Covid-19, até porque não têm qualquer capacidade de remover o vírus de eventuais superfícies contaminadas.

A principal recomendação vai no sentido de se fazer uma boa ventilação natural (abertura de janelas para deixar entrar o ar e o sol), que vai desempenhar um papel importante na minimização da propagação do vírus e no apoio ao bem-estar geral.

Recomendamos que siga as recomendações da OMS: fique em casa, lave as mãos com frequência por cerca de 20 segundos, desinfete bem as superfícies onde se toca com mais frequência e reforce a limpeza de espaços. Um purificador de ar não o irá prejudicar, mas o mais provável é que lhe dê uma falsa sensação de segurança.

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