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Putin espera restabelecer diálogo com Joe Biden na cimeira de Genebra

Putin pretende “restabelecer os contactos pessoais, relacionamentos, estabelecer um diálogo direto e criar mecanismos verdadeiramente funcionais para assuntos de interesse mútuo”, disse, numa entrevista à televisão.
13 Junho 2021, 11h21

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse hoje que espera restabelecer o diálogo direto com os Estados Unidos da América durante a próxima cimeira com o Presidente norte-americano, Joe Biden, na quarta-feira, em Genebra.

Putin pretende “restabelecer os contactos pessoais, relacionamentos, estabelecer um diálogo direto e criar mecanismos verdadeiramente funcionais para assuntos de interesse mútuo”, disse, numa entrevista à televisão.

O Presidente russo observou que as declarações dos responsáveis norte-americanas “diminuíram o tom” antes da cimeira de quarta-feira, em Genebra, mas acrescentou “não ter ilusões” em relação aos EUA.

“Face à reunião de alto nível, as duas partes sempre se esforçam para reduzir a retórica negativa a fim de criar um ambiente que conduza ao trabalho”, disse.

“Não se trata de nada de especial, não teria ilusões”, afirmou o Presidente da Rússia, acrescentando que Moscovo também pretende reduzir as tensões com Washington.

Putin também expressou a disposição de Moscovo de entregar os cibercriminosos a Washington, se os acordos correspondentes forem assinados e se houver reciprocidade por parte dos Estados Unidos.

Os presidentes da Rússia e dos Estados Unidos reúnem-se, na quarta-feira, em Genebra, com vista a encontrarem “estabilidade” na relação tensa que os dois países mantêm e que é marcada por desentendimentos sobre a soberania da Ucrânia, o regime bielorrusso e os supostos ciberataques em Moscovo.

Em declarações aos jornalistas, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, explicou que ambos os líderes abordarão “uma ampla gama de questões urgentes” e, embora haja divergências, o objetivo é “restaurar a previsibilidade e a estabilidade” da relação entre dois dos países mais poderosos do mundo, em especial o desarmamento nuclear.

Embora a Rússia tenha aceitado a proposta da cimeira, afirmou que não espera mudanças substanciais nas relações entre Moscovo e Washington.

No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, destacou que “o encontro entre os presidentes das principais potências nucleares é importante e é algo que deve ser apoiado por todos os meios”.

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