[weglot_switcher]

Quadrante escolhida para recuperar mercado retalhista no Gana

A Contracta Construction UK escolheu a Quadrante UK, pertencente ao Grupo Quadrante, para o desenvolvimento da segunda fase do projeto do mercado central de Kumasi, no Gana, o qual poderá vir a acomodar dezenas de milhar de lojistas.
9 Julho 2019, 18h13

A empresa portuguesa de engenharia Quadrante foi selecionada para as obras de requalificação e reestruturação do mario mercado retalhista da África Ocidental.

A Contracta Construction UK escolheu a Quadrante UK, pertencente ao Grupo Quadrante, para o desenvolvimento da segunda fase do projeto do mercado central de Kumasi, no Gana, o qual poderá vir a acomodar dezenas de milhar de lojistas.

“O projeto do novo mercado de Kumasi consiste na reestruturação e requalificação do mercado atualmente existente, um grande centro comercial, de negócios e de serviços, sendo atualmente o maior mercado da África Ocidental. A Quadrante irá transformar este local num lugar de comércio e lazer, oferecendo um conceito moderno de retalho, com espaços que atendam às necessidades e expetativas da população, respeitando especialmente a cultura, os costumes e as tradições da cidade de Kumasi”, explica um comunicado da Quadrante.

Segundo esse documento, “a localização e a imposição do volume arquitetónico são marcadas pela apropriação dos símbolos da cultura local ‘Ashanti’ aplicados na cobertura, com uma grande ‘onda’ fluindo ao longo do eixo longitudinal do complexo”.

De acordo com este comunicado, “a primeira fase, cuja construção está a terminar, irá albergar cerca de 8.500 lojistas, sendo que na segunda fase serão acomodados mais 10.500 lojistas”, que acrescenta que “está ainda prevista uma terceira fase de expansão”.

Os responsáveis da Quadrante explicam que o conceito para este projeto passa pela integração entre o exterior e o interior, com a proposta de um complexo coberto dividido em duas grandes alas comerciais interligadas por uma grande e humanizada galeria, que percorre o eixo longitudinal de todo o edifício.

“A zona central possui uma grande praça com largas rampas onde flui a principal zona de circulação de visitantes, interligando os vários níveis. O piso inferior será totalmente destinado a estacionamento. O piso zero será essencialmente destinado a zona de frutas, carne, peixe e terá uma zona parcialmente a céu aberto para restauração. Já os pisos 1 e 2 terão lojas mais pequenas de comercialização de todo o tipo de produtos”, revela o comunicado.

O complexo deste mercado de Kubasi possui entradas projetadas com o objetivo de distribuir o fluxo automóvel e segmentar as saídas, evitando o cruzamento de fluxos e pontos críticos no sistema viário. O mercado será ainda dotado de áreas sociais de suporte, como instalações médicas, de segurança, sanitárias e educacionais, as quais poderão ser utilizadas por lojistas e por visitantes.

“Do ponto de vista estrutural serão adotadas soluções que permitem acelerar a rapidez da sua construção, tais como uma superestrutura metálica, lajes colaborantes e estacas metálicas cravadas. Sob o ponto de vista da sustentabilidade, foram adotadas soluções de baixo consumo energético: a ventilação será natural, aproveitando o conceito de um mercado aberto lateralmente (com controlo lateral para impedir a entrada da água pluvial devido às chuvadas normalmente associadas a ventos fortes) e a preferência pela iluminação natural em detrimento da iluminação artificial. O mercado possuirá ainda uma ETAR própria para tratamento das suas águas residuais”, destaca a Quadrante.

Apesar de a quadrante não ter revelado o valor desta empreitada, adianta que “o financiamento da segunda fase da obra foi assegurado com o apoio do UKEF, agência que apoia a internacionalização da economia do Reino Unido através do financiamento de projetos em diversos países menos desenvolvidos”.

João Costa, administrador e responsável pela área de Edifícios da Quadrante comenta que “o mercado de Kumasi trata-se de um projeto com uma importância cultural e social muito grande no Gana”.

“Procuramos desenvolver um trabalho que tivesse em conta as crescentes necessidades da população da cidade, tendo em mente as características culturais da região. Pretendemos fazer jus ao estatuto de maior mercado da África Ocidental, e caraterizar este mercado com todas as mais recentes condições e tendências”, salienta este responsável.

Para este projeto, a Quadrante prestou serviços associados a fundações e estrutura, geotecnia, instalações hidráulicas, instalações elétricas, telecomunicações, segurança, gás, rede viária, terraplenagens, além de um estudo hidrológico.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.