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Quando Lisboa era um “antro de espiões”

Os Aliados operaram em território português, na Segunda Guerra Mundial, para manterem Portugal (e Espanha) distantes dos nazis. Um esforço, relatado por Mark Simmons em “Operação Ibéria”, que incluiu Salazar, Franco e o banqueiro Ricardo Espírito Santo.
16 Novembro 2019, 15h00

No filme Casino Royale, o famoso agente secreto britânico James Bond (conhecido pelo nome de código 007) ganha 80 milhões de francos ao espião Le Chiffre, da agência secreta soviética SMERSH, numa mesa de bacará. A cena, inspirada no dia a dia do histórico Casino Estoril na década de 1940, recorda o tempo em que espiões das potências apoiantes dos Aliados e do Eixo operavam entre rumores e intrigas na Península Ibérica. Longe de se tratar apenas de ficção, as missões secretas dos Aliados permitiram manter Portugal e Espanha longe da influência nazi e revelar-se-iam cruciais para o desenlace da Segunda Guerra Mundial.

Com base em documentos mantidos em segredo durante décadas por vários serviços secretos, o escritor britânico Mark Simmons regressa à Península Ibérica da década de 1940, com o livro “Operação Ibéria”, para dar a conhecer a verdadeira dimensão da espionagem em Portugal e Espanha durante o conflito. Ao Jornal Económico, Mark Simmons dá conta de que, “no final de 1941, o fluxo de informação de (e para) Lisboa era maior do que nos restantes gabinetes do serviço de informações secretas britânico (SIS)”, popularmente conhecido como MI6. A partir de Lisboa, a Inglaterra conseguiu, entre outras coisas, trocar as voltas à Alemanha nazi sobre o desembarque aliado que mudou o curso da guerra, e impedir os alemães de raptar o duque de Windsor – simpatizante dos ideais nazis – e fazer dele o rei-fantoche da Grã-Bretanha.

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