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“Quando querem contratar, abrem a torneira do petróleo ou do gás”. Manchester City e PSG geram desconforto

Os ingleses estão a ser investigados pela UEFA e correm o risco de não participarem na próxima edição da Liga dos Campeões. Javier Tebas responsável máximo de LaLiga é um dos rostos contra as propostas para a mudança de formato da competição.
22 Maio 2019, 07h36

Javier Tebas, presidente da liga espanhola de futebol, deixou duras críticas ao Manchester City e ao Paris Saint-Germain, referindo que os dois clubes “enganam o futebol europeu”. O responsável máximo do futebol em Espanha, participou esta terça-feira na cimeira de “Negócios do Futebol” organizado pelo “Financial Times”, em Londres, Inglaterra, escreve o jornal “Expansión”.

“Ambos são equipas-Estado, quando querem contratar um jogador abrem a torneira do petróleo ou gás”, referiu Javier Tebas, numa alusão aos donos de ambos os clubes, o fundo soberano de Abu Dhabi e do Qatar, respetivamente. “Eles enganam e provocam uma inflação galopante no futebol europeu”, frisou.

A UEFA está atualmente a investigar o Manchester City e ameaça proibir a sua entrada nas competições europeias se ficar provado que os ingleses infringiram as regras do fair-play financeiro que regem o futebol europeu.

O presidente da liga espanhola não se mostrou incomodado com as expressões que utilizou para classificar as duas equipas. “Em Espanha já estão habituados a ouvirem-me a falar assim, se não dissesse o que acho iria contra os interesses do futebol. Temos o mesmo modelo de governação há 15 anos e o mundo do futebol mudou muito nestes anos”, salientou.

Javier Tebas lançou também críticas contra o novo projeto da Liga dos Campeões que a UEFA e a Associação Europeia de Clubes (ECA na sigla inglesa) querem implementar. “Eles querem acabar com um modelo de sucesso, o efeito é diabólico”, referiu o presidente da liga espanhola.

Além disso, o volume financeiro dos clubes acabaria por cair a médio/longo prazo entre 30 a 40%, segundo os cálculos feitos pela KPMG num estudo que será apresentado nas próximas semanas, com os clubes pequenos a serem os principais afetados, por não conseguirem atingir as provas europeias.

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