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Quase metade dos portugueses tem dificuldades no pagamento de despesas fixas, conclui estudo

Os resultados do inquérito da Cetelem revelam que apenas 22% dos portugueses – e das classes mais altas – têm projetos de vida planeados para o ano de 2021, que se dividem entre ter filhos (4%), mudar de casa (4%), sair de casa/juntar-se com o namorado/viver sozinho (4%), mudar de emprego (3%), casar (2%), investir num negócio próprio (2%) ou outro (3).
29 Abril 2021, 18h15

A pandemia alterou os hábitos de consumo dos portugueses e provocou uma grave crise económica em que a esperança reside numa vacinação rápida e massiva da população. Segundo um inquérito realizado pelo Observador Cetelem, 42% dos portugueses dizem sentir dificuldades no pagamento de despesas fixas.

Os resultados do inquérito revelam que apenas 22% dos portugueses – e das classes mais altas – têm projetos de vida planeados para o ano de 2021, que se dividem entre ter filhos (4%), mudar de casa (4%), sair de casa/juntar-se com o namorado/viver sozinho (4%), mudar de emprego (3%), casar (2%), investir num negócio próprio (2%) ou outro (3).

As prioridades foram alteradas e metade dos portugueses inquiridos afirma que deram menos importância a produtos que não sejam de primeira necessidade, sobretudo durante o confinamento. No entanto, agora em fase de desconfinamento, mais de metade dos que adiaram aquisições admitiram que vão retomar as suas compras.

Face à atual conjuntura económica, 42% revelam que têm sentido dificuldades no pagamento das despesas mensais fixas, valor também mais elevado desde o início da pandemia (eram 34% em junho de 2020). Para encontrarmos um período em que as dificuldades no pagamento destas despesas foram mais acentuadas temos de recuar até 2017 (59%).

Esta dificuldade levou a que 28% revelassem que já cancelaram ou renegociaram contratos de serviços e produtos. Um terço dos portugueses (33%) dizem também não estarem capazes de suportar despesas extras – um número que tem vindo a crescer com o agudizar do período pandémico (28% em junho de 2020).

No método de pagamento para compras superiores a 300 euros, o Observador Cetelem revela que a presença pelo pagamento a pronto se acentuou – 74% dos inquiridos portugueses afirmam que preferem este método de pagamento (69% em novembro) e somente 26% preferem optar por pagar a crédito (31% em novembro).

Face a este contexto, a reabertura e retoma das atividades em quase todas as zonas do território português representa para os portugueses mais um passo a caminho da tão desejada normalidade, com a maioria (56%) a afirmar sentir-se seguro para retomar a sua vida fora de casa, mas também esperançoso (58%) e confiante (54%), o que parece indicar que encaram esta fase como o início de um contexto mais favorável para retomar parte das suas rotinas e planos vida.

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