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Que banco cobra menos pela taxa de MB Way? CGD abaixo de Santander, BCP e BPI

Também “nas APP Caixadirecta e Caixa Easy vamos continuar a isentar MB Way”, lê-se num documento interno a que o JE teve acesso. A taxa que vai ser cobrada nas transferência por MB Way é de 0,85 euros (antes de imposto de selo), mas o banco isenta 1,75 milhões de Contas Caixa e 700 mil clientes menos de 26 anos.
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9 Outubro 2019, 18h35

A Caixa Geral de Depósitos anunciou hoje internamente que vai “começar a aplicar preçário às transferências efetuadas através da App MB Way (0,85 euros a que acresce imposto de selo), exceto para os clientes titulares de Contas Caixas (cerca de 1.700.000 Contas Caixa) e para os clientes com idade até aos 26 anos”.

Segundo um documento interno sobre o novo preçário a que o Jornal Económico teve acesso a cobrança da taxa no MB Way do banco do Estado “traduz-se num alinhamento com a concorrência”.

O banco diz que “o preçário que a Caixa vai começar a aplicar continua abaixo do da concorrência”.  O Santander Totta cobra 0,90 euros; o BCP e o BPI cobram ambos 1,20 euros por transferência por MB Way (antes de impostos de selo). O Novo Banco continua a não cobrar taxas no MB Way.

A CGD refere que se trata de uma “forma de promoção das  Apps Caixa que não têm preçário associado”. Existe um novo preçário para os clientes da Caixa que só vai entrar em vigor no próximo ano, no dia 25 de janeiro.

A Caixa diz que vai isentar mais de 1,75 milhões de Contas Caixa, que incluem transferências (MB Way ou SEPA) e 700 mil clientes particulares com idade igual ou inferior a 25 anos. O banco calcula que a isenção nas transferências MB Way abranja 2,5 milhões de clientes e contas.

“A introdução das transferências MB Way no leque das transferências Conta Caixa, vai permitir ao cliente selecionar a forma como pretende efetuar a transferência (SEPA ou MB Way)”, segundo o banco revela no documento interno.

As transferências nas apps CGD mantêm-se gratuitas, segundo o banco. “A Caixa mantém a gratuitidade das transferências MB Way realizadas nas apps da Caixa entre os utilizadores registados (Caixadirecta e Caixa Easy)”, lê-se no documento interno.

“A Caixa reforça a proposta de valor das contas Caixa, com a inclusão das transferências MB Way nas contas Caixa, os clientes passam a poupar entre 77 euros e os 159 euros com a adesão às contas Caixa (versus a aquisição avulsa dos produtos)”, segundo o banco.

Nos cartões de débito, o banco liderado por Paulo Macedo atribuiu gratuitamente primeira anuidade a mais de  70 mil cartões de débito desde setembro, e conta chegar aos 150 mil até ao final do ano, “com o objetivo de mitigar o efeito da entrada em vigor da Diretiva de Sistema de Pagamentos, que impossibilita a utilização do cartão de débito enquanto meio de movimentação da conta”. Com esse objetivo, a Caixa está a atribuir mais de 500 mil cartões de débito até ao final do ano, mantendo as isenções para jovens até aos 25 anos e aos outros clientes que têm direito à isenção”, explica o banco internamente.

“Com o início do ano letivo, a Caixa acolheu mais de 30 mil novos estudantes universitários. Todos os estudantes beneficiaram de uma solução integrada, completamente gratuita, incluindo cartão de débito e transferências”, diz a instituição

A Caixa atualizou a comissão de levantamento de numerário ao balcão com caderneta (de 2,75 euros no caso de clientes particulares e de 1 euros no caso de clientes empresa para 3 euros), “mantendo no entanto a política de proteção das franjas, designadamente através da isenção da cobrança desta comissão no caso de levantamentos efetuados por clientes com mais de 65 anos, com rendimentos e património financeiro mais reduzidos [em conta à ordem cujo somatório dos rendimentos domiciliados seja de valor inferior a 1,5 vezes o salário mínimo nacional]”, justifica o banco internamente.

A isenção é aplicada até 2 levantamentos de numerário por mês/por conta. Mas o banco condiciona a isenção à existência (em que cada um dos titulares) de património financeiro com saldo médio igual ou inferior a 20.000 Euros.

“No caso de existirem vários créditos de pensão/reforma, será considerado apenas o menor dos valores resultantes do somatório mensal de créditos registados nos últimos 3 meses, considerando-se como data limite para esse efeito o último dia do mês anterior à data do levantamento de numerário”, explica a instituição na nota interna.

Estas alterações de preço da CGD têm como objetivo incentivar a passagem da utilização da caderneta para a utilização de cartão de débito.

Adicionalmente, para todos os clientes que apenas têm a caderneta como meio de movimentação da conta, a Caixa está a isentar a primeira anuidade do cartão de débito nas adesões até 30 de novembro de 2019 ou as 4 primeiras mensalidades de qualquer Conta Caixa em contas Depósito à Ordem, abertas até 28 de fevereiro de 2019, que nunca tiveram Conta Caixa associada e em que o 1º titular da conta de depósito não tinha cartão de débito ativo; e que na data de adesão, subscreveu um cartão e associou-o à Conta Caixa)

A Caixa está ainda a isentar a movimentação ao balcão com caderneta, até 31 de dezembro de 2019.

Foi também revista a comissão de atualização de caderneta ao balcão (de 1 euros para 2 euros), mantendo-se a isenção quando existe uma indisponibilidade da ATS (SelfBanking) ou uma incapacidade do cliente para a utilização de dispositivos automáticos (ex. clientes invisuais).

 

 

 

 

 

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