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Quedas do BCP e Pharol colocam PSI 20 em linha vermelha com a Europa

“A bolsa nacional acompanha a Europa, ao registar uma forte desvalorização, com os investidores a procurarem tomar lucros com a venda de ações”, explica Paulo Rosa, trader da GoBulling – Banco Carregosa.
  • Lucas Jackson/Reuters
2 Fevereiro 2018, 14h16

A bolsa nacional está esta sexta-feira a negociar com perdas, a meio da sessão, acompanhando a tendência de queda das praças europeias. O principal índice português, PSI 20, recua 1,44%, para 5.526,32 pontos, impulsionado pelas desvalorizações da Pharol e BCP.

“O PSI 20 está a registar uma forte desvalorização, com os investidores a procurarem tomar lucros com a venda de ações”, explica Paulo Rosa, trader da GoBulling – Banco Carregosa.

A Pharol é a cotada que mais cai, ao perder 5,13% para os 0,203 euros. Paulo Rosa explica que a empresa está a reagir “em baixa”, depois de “a operadora brasileira Oi ter vindo anunciar o cancelamento da assembleia-geral extraordinária marcada para a próxima quarta-feira a pedido da empresa portuguesa. A Oi, da qual a Pharol é a maior acionista, argumenta que a ordem de trabalhos “contraria a decisão judicial”.

A cair está também o BCP, que recua 2,84% para os 0,301 euros. “Esta é uma cotada que subiu bastante desde o início do ano e está agora a recua pela quinta sessão consecutiva”, explica Paulo Rosa.

Também o grupo Sonae está esta sexta-feira a registar mais-valias. A Sonae perde 3,43% para os 1,237 euros e a Sonae Capital recua 2,13% para os 1,010 euros.

Em terreno negativo estão também a Jerónimo Martins (-1,55%), a EDP (-1,52%), a EDP Renováveis (0,28%), a Mota-Engil (-3,57%), a NOS (-0,74%), a REN (-0,88%), a Navigator (-1,76%) e a Altri (-1,58%).

Em contraciclo, estão a Galp Energia (0,06%), a Ibersol (0,42%), a Novabase (0,65%) e a Semapa (0,11%).

Nas restantes praças europeias, predomina uma tendência negativa. O alemão DAX perde 1,42%, o francês CAC 40 recua 1,19%, o espanhol IBEX 35 resvala 1,51%, o holandês AEX desvaloriza 0,69%, o britânico FTSE 100 cai 0,43% e o italiano FTSE MIB tomba 1,32%.

“A Europa está a negociar com perdas significativas e os futuros norte-americanos indiciam uma abertura em baixa em Wall Street”, afirma Paulo Rosa. No entanto, o trader assinala que a redução da taxa de desemprego nos Estados Unidos, revelada às 13h30, pode vir a animar as bolsas norte-americanas. O relatório de emprego mostra que, tal como previsto, a taxa de desemprego manteve-se nos 4,1%, sendo esta “a mais baixa desde o início de 2001”, nota Paulo Rosa.

No mercado petrolífero, o brent perde 0,19% para os 69,52 dólares por barril e o crude WTI ganha 0,09%, para 65,86 dólares.

No mercado cambial, o euro perde 0,62% para 1,244 dólares e a libra cai 0,90% para 1,412 dólares.

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