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Queijo e fiambre são os próximos alvos da Direção-Geral de Saúde. Enchidos ficam a salvo

Mais de metade dos adultos nacionais ainda apresenta peso a mais e a Direção-Geral da Saúde indica que a tendência deste número é para aumentar, sendo que 22% sofrem de obesidade.
15 Julho 2019, 09h36

Depois do pão e dos refrigerantes, o fiambre e o queijo vão ser os próximos alvos do Programa Nacional para a Alimentação Saudável para 2019 elaborado pela Direção-Geral da Saúde.

Anteriormente os produtos mais afetados foram o pão, batatas fritas, cereais de pequeno-almoço, pizzas, iogurtes, leite com chocolate e refrigerantes açucarados, para o próximo ano estão previstos produtos como o queijo, bolachas, biscoitos e fiambre. Este programa para a alimentação saudável, celebrado entre a Direção-Geral da Saúde e a indústria alimentar, prevê que os fabricantes reduzam o açúcar e sal presentes nos alimentos até 2022.

No entanto, nem tudo são más notícias para os consumidores. Após a entrada desta taxa, a obesidade infantil diminuiu significativamente desde o ano passado. Em 2018, 29,6% das crianças portuguesas apresentavam excesso de peso, enquanto 12% sofrem de obesidade, números que têm vindo a cair desde 2008, quando 38% das crianças apresentavam excesso de peso.

Ainda assim, mais de metade dos adultos nacionais ainda apresenta peso a mais e a Direção-Geral da Saúde indica que a tendência deste número é para aumentar, sendo que 22% sofrem de obesidade.

Para já, não está previsto que os enchidos sofram alterações com estas medidas porque os estudos indicam que são consumidos com menos frequência do que o queijo e fiambre.

Fazendo menção às medidas declaradas no ano passado, verificou-se um decréscimo na venda de bebidas açucaradas, indicando uma mudança nos padrões de consumo dos portugueses. O relatório revela que “os consumos observados correspondem a um total de 53 mil toneladas de açúcar em 2017 e 41 mil toneladas em 2018, uma redução de 12 mil toneladas”.

Em 2017, os consumidores nacionais consumiam perto de 5,2 quilos de açúcar, valor que baixou para quatro quilos, estando ainda previsto a diminuição para cerca de três quilos. O relatório indicou ainda que, em 2018, os portugueses ingeriram 60 litros de refrigerantes, correspondendo a uma ingestão de cinco litros por mês.

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