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“Queremos que o porto de Sines nos permita industrializar Portugal”, defende Pedro Nuno Santos

Na apresentação do Plano Estratégico do Porto de Sines 2020-2025, o ministro das Infraestruturas e da Habitação defendeu que o porto alentejano seja um pólo de desenvovimento económico e social do país, com destaque para os desafios da digitalização, descarbonização e industrialização.
  • Cristina Bernardo
30 Setembro 2020, 12h18

“Queremos que o porto de Sines nos permita industrializar Portugal”, defendeu esta quarta-feira Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas e da Habitação, na cerimónia de apresentação do Plano Estratégico do Porto de Sines 2020-2025, que decorreu esta manhã na sede da APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, em Sines.

Sublinhando o papel futuro que o porto de Sines poderá ter na atração de indústrias para o país, Pedro Nuno Santos disse que o objetivo é que a infraestrutura tenha “mais gente, mais empresas, mais atividade, para ser um polo de desenvolvimento da região, do Alentejo”.

“Para o Governo português, o porto de Sines continua a ser uma prioridade e continuará a ser fundamental neste mundo mais limpo e num Portugal mais desenvolvido”, assegurou o ministro das Infraestruturas.

Pedro Nuno Santos assinalou que “não queremos fazer apenas transbordo”, “não queremos ser apenas um ‘hub’ energético” – “queremos usar o porto de Sines como um instrumento de desenvolvimento e social do país”.

“O porto de Sines é excelente exemplo de que o Estado, o país, faz opções certas”, sublinhou Pedro Nuno Santos, acrescentando que é também “um excelente exemplo do contributo do investimento público para o desenvolvimento económico do país”.

No entender do governante, “o país só se desenvolve quando há um ator, que normalmente é o Estado, que arrisca e que toma a dianteira”, mesmo que, como criticou de forma irónica, haja uma parte dos portugueses que não acredita no potencial do país e nos projetos anunciados do hidrogénio verde ou do ‘cluster’ ferroviário, por exemplo.

“Portugal tem condições únicas para produzir hidrogénio”, garantiu Pedro Nuno Santos, explicando que “75% dos custos de produção de hidrogénio é eletricidade”, fator em que Portugal é muito competitivo no segmento das energias renováveis, eólica e solar.

Sobre esta matéria, o membro do Governo recordou o acordo celebrado na semana passada para estabelecer uma rota de exportação de hidrogénio entre o porto de Sines e o porto de Roterdão, na Holanda.

E o ministro das Infraestruturas alertou: “se conseguirmos ser um dos primeiros a entrar neste comboio, conseguiremos atrair para Portugal novas áreas de negócio”, “novos investimentos”, “novas tecnologias”.

“O porto de Sines será central nessa estratégia de energias limpas”, em particular na ‘Estratégia Nacional de Hidrogénio’, “estratégia em que acreditamos”, assegurou Pedro Nuno Santos.

O ministro das Infraestruturas avisou que, além dos desafios fundamentais da digitalização e da descarbonização, já referidos pelos autores do Plano Estratégico do Porto de Sines 2020-2025, estudo coordenado por Álvaro Nascimento da Católica Porto Business School – Universidade Católica do Porto, também estará em cima da mesa nos próximos anos o desafio da industrialização.

“Este porto é nosso, é do povo português. O porto de Sines é muito importante para Portugal e poderá vir a ser determinante a nível ibérico”, resumiu o ministro das Infraestruturas, observando que “há um potencial que ainda não estamos a aproveitar”, um objetivo a cumprir com a concretização do referido plano estratégico do porto alentejano.

 

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