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Ramalho Eanes diz que modelo de comemorações do 25 de abril “se tornou aceitável”

O antigo Presidente da República disse que “teria sido bom que não tivesse havido este combate”, em alusão à divisão que marcou o debate sobre as comemorações dos 46 anos do 25 de abril, durante o Estado de Emergência. 
25 Abril 2020, 12h10

O antigo presidente da República António Ramalho Eanes considera que o modelo de comemorações do 25 de abril na Assembleia da República “se tornou aceitável”, mas frisou que “teria sido bom que não tivesse havido este combate”, aludindo à polémica que dividiu o Parlamento sobre o tema.

“Tive ocasião de dizer logo de início que concordava com a comemoração e que concordava com a comemoração feita na Assembleia, na medida em que é ela que é a expressão política da vontade da sociedade portuguesa”, disse Ramalho Eanes, este sábado, em declarações aos jornalistas à saída do Parlamento, transmitidas pela Sic Notícias.

O ex-Chefe de Estado frisou que “não concordava com o modelo”, mas que “o modelo foi naturalmente modificado, eu diria mitigado, e portanto, é um modelo que se tornou aceitável”.

O antigo Presidente da República tinha sinalizado que iria estar presente nas comemorações oficiais, na Assembleia da República, por uma questão de “responsabilidade institucional”, apesar de discordar da “modalidade utilizada”. A chefe de gabinete do antigo chefe de Estado, em declarações à agência Lusa afirmou que “o senhor general Ramalho Eanes estará presente na cerimónia por uma questão de responsabilidade institucional”, já que discordava “da modalidade utilizada” pelo parlamento.

“Teria sido bom que não tivesse havido este combate”, disse sobre a divisão que marcou o debate sobre as comemorações dos 46 anos do 25 de abril, durante o Estado de Emergência.

Ainda assim, realçou que “o pluralismo não só admite todas as opiniões, como se enriquece com essas opiniões e quanto mais foram as opiniões representadas, expressas”, recusando tecer comentários sobre o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa.

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