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Ramalho Eanes: “Nós, os velhos, se for necessário oferecemos o nosso ventilador”

O antigo Presidente da República veio a público defender a solidariedade intergeracional em tempos de epidemia. Considera que os mais velhos têm o dever de dizer aos mais novos que a crise “vai ser ultrapassada”, e defende que o “Estado não pode ser um Estado mínimo”. “O homem julgou que podia dominar tudo. Esta situação mostra que afinal continua a ser frágil”, afirmou.
  • Ramalho Eanes
2 Abril 2020, 09h34

São palavras muito fortes de solidariedade de Ramalho Eanes num momento em que Portugal atravessa uma forte epidemia do novo coronavírus (Covid-19).

O antigo Presidente da República, de 85 anos, não tem dúvidas que os mais velhos estão dispostos a uma solidariedade intergeracional para apoiar os mais novos durante esta luta de toda a sociedade.

“Nós, os velhos, vamos ser os primeiros a dar o exemplo”, disse em entrevista à  RTP na quarta-feira à noite.

“Não saímos de casa, recorremos sistematicamente aos cuidados que nos são indicados e mais, quando chegarmos ao hospital, se for necessário, oferecemos o nosso ventilador ao homem que tem mulher e filhos”, afirmou.

Ramalho Eanes a considera que os mais velhos tem o dever de dizer aos mais novos que esta crise vai ser ultrapassada.

“Eu falo porque sou um velho de 85 anos, e nós os velhos devemos pensar que a nossa situação é igual à dos outros. E se alguma coisa há, é a obrigação suplementar de dizer aos outros que isto já aconteceu, que se ultrapassou, vai ser ultrapassada”, disse à RTP.

 

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