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Rangel rejeita críticas de Rio sobre encontro com Marcelo: “Foi a coisa mais natural do mundo”

Paulo Rangel explicou que se dirigiu ao Palácio de Belém para apresentar a candidatura ao PSD: “O senhor Presidente agendou para o dia de ontem e eu fui fazer essa apresentação. Era a minha obrigação e penso que achou isso natural”, justificou Rangel.
  • Paulo Rangel PSD – Twitter
28 Outubro 2021, 10h31

O candidato à liderança do PSD considera que o encontro com o Presidente da República (PR) foi “a coisa mais natural do mundo”, descartando a polémica que tem sido alimentada pelo atual líder partidário, Rui Rio.

Em causa está uma audiência que decorreu na tarde de terça-feira entre Paulo Rangel e Marcelo Rebelo de Sousa enquanto ainda decorria o debate Orçamento do Estado. De acordo com uma nota divulgada pela Presidência da República, o encontro terá decorrido a pedido do eurodeputado social-democrata.

Em entrevista à RTP3, esta quarta-feira à noite, Rui Rangel explicou o sucedido, afirmando que se dirigiu ao Palácio de Belém para apresentar a candidatura ao PSD.

“Pedi uma audiência de cortesia ao PR para lhe explicar que era candidato a líder e quais as razões. O PR agendou a reunião para o dia de ontem e eu fui lá fazer a minha apresentação. Penso que era a minha obrigação e penso que ele também achou isso natural”, afirmou. “O senhor Presidente agendou para o dia de ontem [quarta-feira] e eu fui fazer essa apresentação. Era a minha obrigação e penso que achou isso natural”, justificou Rangel, negando que tenham sido discutidas alegadas datas para as eleições legislativas.

E se, na terça-feira, à saída do debate orçamental, Rui Rio foi apanhado de surpresa quando foi questionado pelos jornalistas sobre o facto de Paulo Rangel ter sido recebido em Belém, esta quarta-feira, à chegada ao plenário, já tinha coisas para dizer: “não é minimamente aceitável“, disse.

“Se o PR até ouve primeiro um candidato a um partido antes de ouvir os líderes dos próprios partidos…”, condenou antes de criticar a opção de Marcelo. “Não é minimamente aceitável que o Chefe de Estado receba e possa combinar uma coisa dessas [a data das eleições legislativas] com o líder da oposição interna”, considerou o líder social-democrata.

Convidado da Grande Entrevista da RTP3 no dia em que o já anunciado chumbo do Orçamento do Estado (OE) para 2022 foi oficialmente confirmado, Paulo Rangel disse que não lhe compete marcar datas de eleições e que acha “pouco comum” líderes partidários pressionarem o Presidente da República para que o faça. “O PSD não está em estado de emergência nem em estado de excepção. Consegue fazer o seu processo eleitoral interno até ao dia 4 de dezembro, eventualmente com antecipação do congresso, que acho altamente recomendável”, referiu o eurodeputado, lembrando que já era defensor desta antecipação desde meados de outubro.

 

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