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Receitas da Altice Portugal crescem 2,1%, para 536 milhões de euros no terceiro trimestre

O crescimento das receitas foi sustentado sobretudo pelo segmento do consumo, Base de clientes da da empresa de telecomunicações cresceu “pelo oitavo trimestre consecutivo”.
  • Presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca
13 Novembro 2019, 16h36

A Altice Portugal registou um crescimento de 2,1%, para 536 milhões de euros, nas receitas do terceiro trimestre de 2019, face ao período homólogo de 2018, de acordo com as contas divulgadas esta quarta-feira, 13 de novembro. A empresa liderada por Alexandre Fonseca nota, em comunicado, que os números registados “vêm reforçar o sucesso da estratégia definida e a consolidação do esforço realizado nos trimestres anteriores, resultando na inflexão dos resultados operacionais e financeiros.

O crescimento das receitas foi sustentado pelo desempenho operacional no segmento do consumo, que resultou no crescimento da base de clientes da da empresa de telecomunicações “pelo oitavo trimestre consecutivo”.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) entre julho e setembro fixou-se nos 216 milhões de euros, sendo que a operadora salienta em comunicado a “estabilização” deste indicador “no acumulado dos nove meses” do ano.

“Isto resulta do incremento das receitas, do movimento de estabilização ao nível da margem bruta e comercial e da manutenção do rigoroso controlo e disciplina ao nível dos custos operacionais, beneficiando igualmente do efeito do programa de saídas realizado no primeiro trimestre de 2019 [o Programa Pessoa resultou na rescisão de cerca de 900 trabalhadores e a operadora estima um benefício de 20 milhões de euros anuais, produzindo efeitos nas contas desde o segundo trimestre]”.

Entre os indicadores operacionais, a Altice Portugal registou um incremento de cinco mil consumidores na sua base de clientes únicos, quando comparado com o terceiro trimestre de 2018, “juntamente com a convergência” que somou um crescimento de 2,4 pontos percentuais no trimestre que encerrou em setembro.

“A estratégia comercial associada a fortes investimentos permitiu uma menor rotatividade (churn) e crescimento contínuo da base de clientes”, frisa o comunicado.

“O foco claro na inovação, novos produtos e serviços e em todas as necessidades dos clientes, permitiu atingir 58% em clientes de fibra no trimestre atual, um aumento de nove pontos percentuais, nos últimos 12 meses. Os RGUs [receita gerada por cliente] de TV registaram mais 16 mil adições líquidas no terceiro trimestre de 2019 e as adições líquidas pós-pagas atingiram o valor mais alto nos últimos 8 trimestres (41 mil no terceiro trimestre de 2019)”, reportou a dona da Meo.

No terceiro trimestre, a operadora registou um total de 13,4 milhões de RGUs no terceiro trimestre de 2019, “apresentado um crescimento de 190 mil adições líquidas”. Na operação do serviço fixo (serviços de voz, banda larga e TV), foi verificado um um crescimento dos RGUs em 38 mil  e de 99 mil nos últimos doze meses. Já o negócio móvel, no terceiro trimestre, trouxe “mais 152 mil adições líquidas, das quais 56 mil em planos pós-pagos” para a Altice.

No cômputo geral da totalidade dos serviços de televisão, banda larga fixa, voz fixa e móvel, a Altice Portugal diz ter absorvido 44% das adições líquidas do mercado no terceiro trimestre.

No que respeita ao negócio da fibra, a companhia liderada por Alexandre Fonseca alcançou a fasquia dos 4,8 milhões de lares com fibra passada. O objetivo da empresa é chegar às 5,3 milhões de casas com fibra em 2020.

No segmento empresarial, a dona da Meo reportou o que chamou de “dinâmica positiva e crescente em todos os principais produtos”.  Os RGUs  sobre TV cresceram quatro mil por trimestre, desde o início do ano, “e a banda larga registou 5 mil RGUs adicionais por trimestre”. Na operação do negócio móvel, o crescimento de RGUs atingiu apenas 13 mil neste trimestre, “mas precedeu a marca mais alta nos últimos quatro anos, de 38 mil no 2º trimestre” – ou seja, verificou-se uma correção.

Dentro do segmento dos serviços empresariais, a Altice sublinha o desempenho do segmento grossista. Quando comparado com o segundo trimestre deste ano , a equipa de Alexandre Fonseca observou que as receitas do segmento grossista aumentaram 11,5% no exercício findado em setembro, “principalmente devido ao aumento sazonal das receitas de roamers na rede da Meo durante o verão e o tráfego doméstico relacionado com os concursos de TV”.

Contudo, na comparação com o terceiro trimestre de 2018, as receitas deste segmento caíram 5,3%, “uma vez que as maiores receitas de roamers na rede da Meo e do uso de infraestruturas por outros operadores não compensaram os impactos negativos da regulação”. Para a Altice o problema residiu nas reduções de preços relativos à televisão digital terrestre (TDT) e dos circuitos CAM (ligações de alto débito em infra-estrutura óptica através de cabo submarino) que fazem ligação entre o continente e as ilhas.

“O declínio nas receitas de linhas de acesso e circuitos de cobre alugados à Altice Portugal, dado que outros operadores portugueses continuam a substitui-los pela sua própria infraestrutura de fibra”, também contribuiu para a quebra nas receitas deste segmento.

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