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Receitas da Vodafone recuam 0,8% para 278 milhões de euros até setembro

Entre julho e setembro, as receitas totais decresceram com a quebra da atividade turística, provada pela pandemia da Covid-19, sobretudo pela redução nas receitas de ‘roaming’. Mas apesar da quebra no negócio móvel, o negócio fixo apresentou crescimentos no final de setembro.
  • Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal
16 Novembro 2020, 09h12

As receitas totais da Vodafone Portugal recuaram 0,8%, para 278 milhões de euros, entre julho e setembro, o segundo trimestre do ano fiscal 2020-2021. Mas, observando apenas os ganhos com serviços, o principal indicador do negócio, as receitas cresceram 0,3%, para 255 milhões de euros, em termos homólogos, de acordo com as contas trimestrais divulgadas da empresa esta segunda-feira.

A filial portuguesa do grupo britânico explicou em comunicado que a “atividade foi negativamente impactada pela pandemia”, com os resultados a mostrarem uma desaceleração do principal indicador do negócio, refletindo sobretudo os efeitos da quebra da atividade turística nas receitas do segmento móvel, “provocada pela redução das receitas de roaming e visitors, incluindo o impacto na diminuição das vendas de cartões pré-pagos a turistas e outros utilizadores estrangeiros” .

O número total de clientes móveis da Vodafone Portugal caiu 5% para 4,612 milhões, em termos anuais.

Não obstante, a Vodafone Portugal sublinhou que está “a crescer a um ritmo constante” no negócio fixo. “O segmento fixo continua a destacar-se pelo seu positivo desempenho, fruto da conquista de um número cada vez mais alargado de clientes que valorizam e escolhem a qualidade e a competitividade da oferta de fibra da empresa”, lê-se.

Na banda larga, no final de setembro, a base de clientes fixou-se em 777 mil, o que representa um aumento de 9,3% face ao mesmo período do ano passado. Já os clientes de televisão ascenderam a 713 mil, o que corresponde a um crescimento de 10,4% em termos homólogos.

Quanto ao negócio da fibra ótica, a subsidiaria portuguesa do grupo Vodafone revelou que no final de setembro a sua rede chegava a 3,6 milhões de lares e empresas, um crescimento de 9,7% em comparação com o mesmo período de 2019.

No conjunto dos últimos seis meses, a Vodafone Portugal registou um crescimento homólogo de 0,5%, para 495 milhões de euros, nas receitas de serviços. Mas a receita total entre abril e setembro recuou 0,8%, para 537 milhões de euros.

Resultados “são exemplo de compromisso”, diz Mário Vaz
No mesmo comunicado, o presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, referiu que as contas da empresa são conhecidas “numa conjuntura sem paralelo na história de Portugal”, garantindo que a operadora “tem vindo a desenvolver esforços suplementares para adaptar e flexibilizar o seu plano de negócio”.

O CEO da empresa garantiu, assim, “a capacidade e a resiliência dos seus serviços de forma a responder às necessidades” num momento de “enorme imprevisibilidade, resultante das constantes mudanças socioeconómicas”. Por isso, Mário Vaz defende que as contas reveladas “são um bom exemplo do compromisso de entrega e da resiliência” da Vodafone, sublinhando que a empresa nos últimos 28 anos de atividade em Portugal realizou “expressivos investimentos” em infraestruturas de última geração.

“A continuidade deste longo histórico de investimentos, de qualidade de execução e estratégia consolidadas e de compromisso com o país – que oferecem resiliência neste presente tão complexo e volátil – é manifesta e intencionalmente posta em causa de forma irreversível pelo atual regulamento de 5G”, realçou.

“Por essa razão, a Vodafone viu-se obrigada a recorrer a todos os mecanismos legais ao seu alcance, para que possamos proteger o futuro deste setor e, em particular, as suas dezenas de milhares de postos de trabalho diretos e indiretos”, explicou Mário Vaz. Para o gestor, avançar “na direção preconizada pelo atual regulamento” de 5G fará de Portugal “o principal prejudicado”.

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