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“Recuperação da Caixa exige sacrifícios”, defende Marcelo

“Alternativa era ou deixar morrer a Caixa, o que era péssimo para a economia e para o país, ou fazer um esforço coletivo, partilhado por muitos” para que o banco público tivesse futuro, defendeu o Presidente da República.
1 Fevereiro 2018, 18h44

O Presidente da República considerou hoje, questionado sobre o novo aumento de comissões cobradas pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), que a recuperação do banco público “exige sacrifícios” que “se justificam, em geral”.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas à margem da visita a uma associação, em Lisboa, não se pronunciou especificamente sobre a questão do aumento das comissões de manutenção de conta.

“Eu não me pronuncio sobre questões concretas, vejo só o panorama global”, frisou.

O chefe de Estado referiu que “faz agora um ano, precisamente, que iniciou funções a nova administração da CGD, presidida por Paulo Macedo, “numa situação muito difícil”.

No seu entender, este “tem sido um processo que tem corrido bem, mas é um processo de recuperação difícil, e que exige sacrifícios de vária natureza: sacrifícios aos contribuintes, em primeiro lugar, sacrifícios àqueles que, de uma forma ou de outra, têm uma ligação com essa instituição”.

O Presidente da República argumentou que “a alternativa era ou deixar morrer a Caixa, o que era péssimo para a economia e para o país, ou fazer um esforço coletivo, partilhado por muitos” para que o banco público tivesse futuro.

“Portanto, no dia a dia, há desses sacrifícios, e ao longo deste ano, para não falar no período anterior, que se justificam, em geral”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que foi feita uma escolha de modelo para a CGD, optando-se por um banco nacional, público e forte.

“Essa escolha está feita, o caminho tem de ser seguido. É um caminho com dificuldades, é. É um caminho que tem custos, tem. Mas é um caminho que é importante para a economia portuguesa”, defendeu.

Segundo o Presidente, num primeiro momento, conseguiu-se garantir “a sobrevivência da instituição”, e agora é preciso assegurar “o crescimento, a consolidação e o peso que é muito importante para a economia portuguesa”.

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