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Refinaria de Matosinhos. Estado propôs pagar formação a trabalhadores, mas Galp recusou (com áudio)

A proposta apresentada pela entidade consistia na “possibilidade de o IEFP elaborar um programa de formação de ativos empregados à medida dos perfis de cada um dos trabalhadores, tendo como contrapartida que a empresa mantivesse o vínculo e continuasse a assegurar a remuneração”, notou fonte do Ministério do Trabalho, notando que “tal solução não foi aceite”.
  • Shrikesh Laxmidas
21 Setembro 2021, 09h05

A Galp recusou a proposta de formação do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) para os trabalhadores da refinaria de Matosinhos, um movimento que poderia ter servido como balão de oxigénio durante alguns meses, avança o jornal “Público”. A proposta servia uma vez que a empresa tinha de continuar a pagar salários e manter contratos.

A Galp oficializou o despedimento coletivo de 140 trabalhadores no passado dia 15 de setembro. No entanto, o Ministério do Trabalho avançou ao “Público” que a proposta foi colocada em cima da mesa de reuniões no passado mês de julho, onde se encontravam reunidas a comissão de trabalhadores, administração da Galp, Direção-Geral do Emprego e das Relações Laborais (DGERT) e IEFP.

A proposta apresentada pela entidade consistia na “possibilidade de o IEFP elaborar um programa de formação de ativos empregados à medida dos perfis de cada um dos trabalhadores, tendo como contrapartida que a empresa mantivesse o vínculo e continuasse a assegurar a remuneração”, notou fonte do Ministério do Trabalho, notando que “tal solução não foi aceite”.

A notícia da publicação chega depois de António Costa ter criticado a empresa petrolífera numa ação no município de Matosinhos, acusando a Galp de “total irresponsabilidade social” na forma como conduziu o processo de despedimento e encerramento da refinaria. A autarca notou no mesmo evento que as palavras de Costa foram “bem claras” e que evidenciam “a falta de estratégia da Galp”.

Por sua vez, os sindicatos Fiequimetal e SITE Norte consideram que as palavras do líder socialista são “cínicas e fingidas”, enquanto a Comissão de Trabalhadores da Petrogal diz que as palavras chegam com meses de atraso.

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