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Reformas de Macron e políticas de Merkel terão assegurado crescimento económico na zona euro

No dia em que o Banco Central Europeu divulgou o boletim económico para o fim de 2017, com pervisões para a economia da zona euro. o Financial Times analisou o crescimento económico europeu.
28 Dezembro 2017, 13h25

A crescente recuperação económica europeia em 2017, após vários anos de estagnação e altas taxas de desemprego, foi um dos temas do ano e, segundo um grupo de economistas consultados pelo Financial Times, a zona euro deverá continuar a crescer em 2018.

A apoiar essa recuperação económica estarão as reformas que Emmanuel Macron anda a implementar no mercado de trabalho francês e as possíveis políticas pró-União Europeia que o novo governo alemão – ainda por formar – deverá tomar. Segundo o FT, apenas a incerteza face às eleições em Itália, em março de 2018, constituem um risco para a economia do conjunto de países de moeda única no próximo ano.

Depois de a economia na zona euro ter crescido 1,7% em 2016, a maioria dos economistas sondados pelo FT acreditam que a zona euro deverá expandir 2,3% em 2018. Alberto Gallo, responsável pela estratégia macro da Algebris Investments, defendeu que “a recuperação acelerará em 2018 devido à estabilidade política, estímulo fiscal e política monetária”.

Para André Sapir, professor universitário em Bruxelas, a agenda económica do presidente de França pode ser “o principal motivo para a continuação da recuperação económica da zona euro em 2018”. Laurence Boone, economista da Axa Investment Managers, por sua vez, acredita que esta previsão baseia-se no fator ‘wow‘ que Macron provocou quando foi eleito presidente de França, em maio, ao estancar a “onda populista anti-euro” da candidata derrotada Marine Le Pen.

A par da elevada popularidade de Macron, na alta finança da zona euro, está a situação política na Alemanha. Embora Merkel não tenha ainda formado governo, três meses depois das eleições, o FT refere que o ano novo político alemão chegará com a garantia de um entendimento entre democratas-cristãos e sociais-democratas do centro-esquerda para uma coligação. Os economistas sondados eplo FT olham para essa coligação como “um desenvolvimento positivo” para a economia da zona euro.

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