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Região Norte poderá perder 421 mil postos de trabalho até 2030

Alterações no mundo do trabalho levarão a que 243 mil trabalhadores na zona Norte precisem de se requalificar. As perdas na região Norte estarão concentradas na manufatura, segundo estudo da CIP e da Nova SBE.
26 Junho 2019, 07h45

Entre os atuais postos de trabalho que irão desaparecer, em consequência das alterações no mundo do trabalho, e os novos postos que poderão ser criados até 2030 irá verificar-se uma diminuição de 194 mil postos, segundo um estudo da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e da Nova SBE.

No estudo “O Futuro do Trabalho em Portugal – O Imperativo da Requalificação: Impacto no Norte”, que a CIP apresenta esta quarta-feira, estima-se que a região Norte irá perder 421 mil postos de trabalho até 2030, ainda que 227 mil novos postos sejam criados.

“Na zona Norte, a mudança líquida estimada de postos de trabalhos no setor da manufatura é negativa e ronda os 90 mil postos de trabalho, onde aproximadamente metade das perdas estarão concentradas no setor dos têxteis”, identifica o estudo.

Segundo a estimativa da CIP, entre os trabalhadores da zona Norte 243 mil trabalhadores precisarão de se requalificar até 2030, o correspondente a 14% da força de trabalho nesta região.

No entanto, realçam que o retorno à requalificação em Portugal é elevado: “Retorno de três vezes sobre o custo para um trabalhador que esteja a trabalhar, e de 7,5 vezes para um que esteja desempregado”.

Entre os desafios identificados pela CIP a nível governativo estão a “falta de centralização e coordenação de políticas públicas na área de requalificação”. Já para o trabalhador o principal desafio reside no “baixo nível de escolaridade”, enquanto para o empregador é a “falta de incentivos financeiros para internalizar todos os benefícios do investimento em requalificação”.

“As nossas estimativas indicam que uma melhoria das qualificações de 10% da força de trabalho está associado a um aumento de produtividade entre 4 a 11% por setor de atividade”, acrescentam.

Segundo o estudo da CIP, no mercado laboral em Portugal 50% do tempo despendido em tarefas laborais atuais é suscetível de ser automatizado recorrendo à tecnologia atual, podendo aumentar para 67% em 2030.

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