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Regresso às aulas: há mais famílias a recorrer ao cartão de crédito

Quem recorre ao cartão de crédito conta gastar, em média, 312 euros com esta forma de pagamento, um montante que aumenta pela primeira vez em cinco anos, apesar de ainda não atingir o valor de 2013 (376 euros).
24 Agosto 2017, 10h54

Em Portugal, mais de um terço das famílias ponderam utilizar cartão de crédito nas compras para o novo ano letivo. De acordo com um estudo do Observador Cetelem, esta intenção é superior à expressada em 2016 (27%). Este ano, os portugueses prevêem gastar, em média, 312 euros do valor disponível no seu cartão de crédito, mais 76 euros do que no ano passado.

Embora cerca de metade dos consumidores (45%) não tencione usar esta forma de pagamento, e 25% diz não ter cartões de crédito, esta é uma opção sobretudo para 31% das famílias com filhos em idade escolar, enquanto apenas 2% dos adultos que estudam têm intenção de utilizá-lo.

No caso dos cartões de fidelidade, a intenção de utilização subiu consideravelmente pelo segundo ano consecutivo, passando de 58% para 69%. Estes valores são superiores quando utilizados para as compras dos filhos em idade escolar, com 71%.

Em 2017 a intenção de gasto com o regresso às aulas é de 393 euros. As principais despesas serão com material escolar essencial (mochilas, canetas e cadernos), materiais para a prática desportiva e materiais de apoio didático. Segundo o Observador Cetelem, 36% dos portugueses tencionam utilizar o cartão de crédito e gastar 312 euros, sendo que as compras são feiras num momento único, e não ao longo do ano (quando as compras se destinam aos filhos). O estudo refere ainda que as papelarias (81%) são o principal local de compra com crescente importância do canal online (43%).

“Estes meses são de grande consumo para os portugueses. Os gastos com férias e o regresso às aulas sobrecarrega o orçamento das famílias. Por este motivo, procuram diluir no tempo os gastos para gerirem melhor o seu orçamento. A opção da compra online tem vindo a ganhar mais adeptos entre os consumidores para comprar os livros escolares”, refere Pedro Camarinha, diretor de distribuição do Cetelem.

O responsável recorda ainda que “a maioria dos sites tem opção de pagamento com cartão de crédito, mas alguns já apresentam a possibilidade de compra em parcelas até 3 meses e sem encargos para o cliente”. “Esta modalidade começa a ser uma opção bastante procurada pelo consumidor, como forma de gerir o orçamento neste período”, disse.

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