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Regresso de Macau e Hong Kong à China pôs fim a 100 anos de humilhação chinesa, diz líder de Macau

“O Partido Comunista da China é o pioneiro, o líder, o praticante e o defensor da causa ‘um País, dois sistemas’. Devemos estar cientes que o apoio e a defesa da liderança do Partido Comunista da China constituem a base do sucesso da prática ‘um País, dois sistemas’ em Macau”, sublinhou o chefe do Executivo de Macau.
23 Junho 2021, 09h07

O chefe do Executivo de Macau disse hoje que o regresso do território e de Hong Kong à China pôs fim a 100 anos de humilhação chinesa.

“O Partido Comunista da China [PCC] apresentou, de forma inovadora, a importante política ‘um País, dois sistemas’ e, sucessivamente, retomou o exercício da soberania sobre Hong Kong e Macau, findando assim cem anos de humilhação da nação chinesa”, afirmou Ho Iat Seng, no discurso de inauguração em Macau de uma exposição de fotografias para assinalar o 100.º aniversário do PCC.

O líder do território administrado por Portugal até 1999 defendeu ainda que o Partido Comunista da China é “a base do sucesso da prática um ‘País, dois sistemas'”, que permite a Macau manter o sistema capitalista até 2049, entre outras garantias.

“O Partido Comunista da China é o pioneiro, o líder, o praticante e o defensor da causa ‘um País, dois sistemas’. Devemos estar cientes que o apoio e a defesa da liderança do Partido Comunista da China constituem a base do sucesso da prática ‘um País, dois sistemas’ em Macau”, sublinhou.

Hong Kong e Macau foram as últimas parcelas do território da China sob administração estrangeira.

A transferência da administração de Macau ocorreu no final de 1999, pouco mais de dois anos depois de a China ter recuperado a soberania sobre Hong Kong.

Em ambos os casos, Pequim aplicou o princípio “Um País, Dois Sistemas”, que permitiu a Hong Kong e Macau manterem o sistema capitalista e o modo de vida, incluindo direitos e liberdades de que gozavam as respetivas populações.

No entanto, em Hong Kong, a imposição de uma lei da segurança nacional, no ano passado, foi criticada pela União Europeia (UE), Estados Unidos e ONU por violar aquele princípio, acordado na transferência da soberania da antiga colónia britânica, garantindo ao território liberdades desconhecidas no resto da China.

Em Macau, em março, a polémica com a Teledifusão de Macau (TDM), que proibiu os jornalistas do serviço de rádio em língua portuguesa de divulgar informação contrária às políticas da China e os instou a aderir ao “princípio do patriotismo”, levou o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, a dizer que o Governo “esperava” que a China cumprisse os acordos com Portugal, nomeadamente “em matéria de liberdade de imprensa”.

No discurso, Ho Iat Seng prometeu ainda que o território vai empenhar “os maiores esforços” para que o território seja governado por patriotas, “na consolidação constante da base político-social do ‘amor pela Pátria e por Macau’”

Uma exposição de quase 300 fotografias foi hoje inaugurada em Macau, para dar a “conhecer mais profundamente” o Partido Comunista da China, no 100.º aniversário da sua fundação, em julho.

As 298 fotografias patentes “mostram o caminho que a nação chinesa percorreu (…) para dar o grande salto do fortalecimento do país após longos anos de sofrimento, permitindo à sociedade de Macau conhecer mais profundamente o passado, o presente e o futuro” do PCC, indicou, em comunicado, a Fundação Macau, um dos coorganizadores.

No discurso hoje de Ho Iat Seng, o chefe do Executivo afirmou ainda que esta exposição “visa sobretudo aprofundar o conhecimento de todos os residentes de Macau, especialmente da geração mais jovem, sobre a jornada dos cem anos do Partido Comunista da China”, e assim “recordar a gloriosa história de um século de luta do Partido Comunista da China e relembrar os seus grandes contributos em prol do País, do povo, da nação e do mundo”.

O chefe do executivo de Macau lembrou ainda as palavras do líder chinês, Xi Jinping, e citou: “É uma bênção para a China, para o seu povo e para a Nação Chinesa ter o Partido Comunista da China no poder. Sem a liderança do Partido Comunista da China, o nosso País e a nossa nação não seriam capazes de conseguir os êxitos hoje alcançados, nem teriam o estatuto internacional de hoje”.

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