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Regresso do serviço militar obrigatório gera divisão entre os partidos

Discussão foi reaberta após as declarações do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, que no entanto, defende que a ideia só deve ser discutida depois de 2019. Só o PCP defende o regresso ao serviço militar obrigatório
10 Agosto 2018, 09h59

A insistência do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, na necessidade de discutir a reintrodução do serviço militar obrigatório (SMO) voltou a criar discórdia entre os vários partidos políticos, conta o jornal “Público”, esta sexta-feira. Há uma semana e meia, numa visita à Lituânia, onde se encontra um contingente de fuzileiros portugueses em missão da NATO, o ministro reafirmou o regresso ao SMO como uma “ideia interessante”, mas que deverá ser discutida após o fim de 2019.

Contudo, a questão do serviço militar voluntário e não o obrigatório deve voltar à agenda política ainda no mês de agosto, com o Conselho de Ministros a definir novos incentivos para a fixação de militares, com a extensão do tempo máximo dos contratos até aos 18 anos (dado que agora são seis).

No lado dos partidos, o Partido Comunista Português (PCP) é o único a defender o regresso do SMO, enquanto o Bloco de Esquerda (BE), para quem este regresso “não faz qualquer sentido”, afirma o deputado coordenador do BE na Comissão de Defesa, João Vasconcelos, ao “Público”.

João Rebelo, coordenador do CDS na Comissão da Defesa, partido que em conjunto com o Partido Socialista (PS) votou em 1999 pelo fim do SMO, refere ao “Público” que “é preciso saber se o atual modelo de profissionalização das Forças Armadas está esgotado”.

O Partido Social Democrata embora não tenha uma posição oficial, tem no deputado José Matos Correia um defensor do regresso do SMO. “Já era mais do que tempo de se refletir seriamente sobre o serviço militar obrigatório, com o qual concordo plenamente”.

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