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Reino Unido admite estar “na mesma página” que os EUA sobre o assassinato de Suleimani

O Ministro dos Negócios Estrangeiros admitiu que Londres está “solidária” com Washington e garante estar a trabalhar com a França e Alemanha para diminuir a escalada de tensão no Irão.
5 Janeiro 2020, 13h18

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab considerou que o Reino Unido está “na mesma página” que os Estados Unidos da América em relação ao assassinato de sexta-feira do general iraniano Qassem Suleimani.

Numa entrevista à Sky News, citada pelo The Guardian, este domingo, Raab admitiu que Londres está “solidário” com a situação de Washington.

“Vamos esclarecer uma coisa: [Qassem Suleimani] era uma ameaça regional”, explicou. “Entendemos a posição na qual os americanos se encontravam, têm o direito de exercer autodefesa. Explicaram os motivos sobre o qual isso [o ataque] foi feito e estamos solidários com a situação em que se encontram”.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros adiantou ainda que conversou com o presidente e primeiro-ministro iraquiano, e com a admnistração francesa e alemã desde o assassinato, e admitiu que a prioridade do Reino Unido é de restaurar a calma e proteger as suas tropas e os cidadãos na região.

“Estamos a procurar diminuir a escala de tensão e estabilizar a situação, e é sobre isso que conversamos com os nossos amigos europeus e americanos”, continuou.

“Ninguém quer – acho que ninguém beneficia – de uma guerra no Médio Oriente”, esclareceu. !As únicas pessoas que seriam beneficiadas seriam os terroristas, e o Daesh em particular, e por isso estaremos a trabalhar com todos os nossos parceiros, americanos e europeus e aqueles na região, para transmitir essa mensagem”.

Trump ameaça retaliar sobre 52 locais no Irão

Donald Trump, avisou neste domingo, a Teerão que os Estados Unidos identificaram 52 locais no Irão e que os atacarão “muito rapidamente e duramente” se a República Islâmica atacar pessoal ou alvos americanos.

Alguns desses locais iranianos “são de muito alto nível e muito importantes para o Irão e para a cultura iraniana”, precisou Donald Trump numa mensagem da sua conta do Twitter.

“Os Estados Unidos não querem mais ameaças”, acrescentou.
Donald Trump disse ainda que o número de 52 lugares corresponde ao número de americanos que foram feitos reféns durante mais de um ano, no final de 1979, na embaixada dos Estados Unidos em Teerão.

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