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Reino Unido antecipa para 2035 proibição de veículos a gasolina e gasóleo

O Reino Unido pretende proibir a venda de novos veículos a gasolina e gasóleo até 2035, numa tentativa para acelerar a redução das emissões de carbono e combater as alterações climáticas, anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
  • EPA/VICKIE FLORES
4 Fevereiro 2020, 12h22

A medida antecipa em cinco anos o prazo estabelecido anteriormente, até 2040, inclui automóveis e carrinhas e, pela primeira vez, veículos híbridos que combinam combustíveis que geram emissões com tecnologias limpas.

O anúncio foi programado para coincidir com o lançamento dos planos do governo britânico para a cimeira climática, conhecida como 26.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), programada para ser realizada em Glasgow em novembro.

“Organizar a COP26 é uma oportunidade importante para o Reino Unido e as nações de todo o mundo intensificarem a luta contra as mudanças climáticas. Ao estabelecermos os nossos planos para atingir a nossa meta ambiciosa de zero emissões até 2050 ao longo deste ano, vamos urgir outras pessoas a juntarem-se a nós na garantia de emissões zero”, afirmou, durante um evento no Museu da Ciência, em Londres.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, também participou, pois Itália é coanfitriã do evento, mas a apresentação foi ensombrada pelas críticas de Claire O’Neill, antiga secretária de Estado da Energia, que foi afastada da liderança do COP26 na semana passada.

Numa carta ao primeiro-ministro, cujos excertos foram publicados hoje pelo Financial Times, lamentou a falta de apoio e empenho do Governo neste tema, e queixou-se da forma como foi afastada.

“Quando você me pediu para presidir à COP (e combiná-la com permanecer no seu Governo como ministra, uma oferta que eu recusei), você prometeu ‘liderar da frente’ e perguntou-se o que era necessário ‘dinheiro, pessoas, diga nos!’ Infelizmente, essas promessas e ofertas não estão perto de serem cumpridas”, refere na carta.

Lamenta também que recebeu “três explicações separadas para a decisão [de afastamento], nenhuma das quais poderia ser claramente articulada ou apoiada em provas”, e acusou o gabinete de Boris Johnson de prestar informações falsas e negativas sobre ela.

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