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Reino Unido: easyJet obtém linha de papel comercial de 680,6 milhões de euros

O Governo do Reino Unido, com o apoio do Tesouro e do Banco da Inglaterra, disponibilizaram à companhia aérea easyJet o acesso a um financiamento de curto prazo, enquadrado nos instrumentos de papel comercial, designado por CCFF – Covid Corporate Financing Facility, no montante de 680,63 milhões de euros.
6 Abril 2020, 19h04

A easyJet recorreu ao mecanismo financeiro disponibilizado pelo Governo do Reino Unido, com o apoio do Tesouro e do Banco da Inglaterra, designado por CCFF – Covid Corporate Financing Facility, no montante de 600 milhões de libras (cerca de 680,63 milhões de euros). Trata-se de um financiamento de curto prazo, enquadrado nos instrumentos de papel comercial, que permitiu à easyJet substituir o sistema de crédito “revolving” que vinha utilizando – uma linha de “Revolving Credit Facility” – de 500 milhões de dólares (cerca de 405 milhões de libras, ou 462,45 milhões de euros), revelou o Exane BNP Paribas.

Os 600 milhões de libras correspondem ao montante máximo que a easyJet poderia emitir, dada sua atual notação de crédito, sendo efetivamente a uma dívida de curto prazo não garantida. A easyJet deverá proceder à amortização total deste papel comercial dentro de 12 meses (conforme os termos do CCFF aplicado a todas as empresas que efetuam estas emissões de dívida de curto prazo). O preço da emissão deste papel comercial é calculado com um spread de 40 pontos básicos sobre a taxa praticada pelo índice de swaps do mercado overnight em libras (o designado OIS – Overnight Index Swap), refere uma análise do Exane BNP Paribas.

A emissões do grupo easyJet, de acordo com informações da empresa, ascendem agora a 2,3 mil milhões de libras (cerca de 2,6 mil milhões de euros ou 36% da receita anual normalizada do grupo, o que corresponde a 6,9 milhões de libras por aeronave). O Exane BNP Paribas considera “os níveis de financiamento da easyJet ‘fortes’, com claro apoio do Governo do Reino Unido, dada a sua notação de crédito”. “A easyJet procurará garantir maior liquidez, atendendo ao risco de ter estacionada toda a sua frota”, adianta a mesma análise da sociedade financeira.

A easyJet também informou que chegou a um acordo com o sindicato de pilotos do Reino Unido, o BALPA, para acautelar a situação dos seus pilotos, nesta fase em que não asseguram voos, o que considera “fundamental para reduzir os custos de curto prazo”. Também efetuou um acordo semelhante para as tripulações de cabine com o sindicato Unite.

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