O tópico ulta-sensível dos estrageiros no Reino Unido chegou à mesa das indústrias financeiras. De acordo com um estudo da TheCityUK em parceria com a PwC, fazer alterações ao sistema de vistos e à imigração no país para permitir que as empresas financeiras contratem mais facilmente estrangeiros poderá gerar ganhos de 43 mil milhões de libras (cerca de 49 mil milhões de euros à cotação atual) em 2025.
Os números levaram a que os maiores bancos, seguradoras e sociedades gestoras de ativos britânicos passassem a considerar que a implementação de regras mais flexíveis para a imigração é uma das principais prioridades nas negociações do Brexit, segundo a informação avançada por um grupo de lobby local à Bloomberg.
A equipa do ministro do Tesouro britânico Mark Hoban esteve envolvida no relatório, divulgado esta quinta-feira, e afirma que a falta de uma estratégia deliberada para combater os efeitos do Brexit pode levar o setor estagnar. Nesse sentido, anexaram ainda 35 sugestões para dar um boost ao ramo.
As sugestões surgem depois de a imprensa britânica dar conta de que primeira-ministra britânica, Theresa May, estaria a planear a redução da imigração líquida para menos de 100 mil migrantes por ano, um objetivo que foi inicialmente estipulado pelo anterior governo de David Cameron.
“Precisamos de preparar um argumento para o governo sobre a necessidade de continuar a permitir que as pessoas estrangeiras possam vir e trabalhar neste setor”, afirmou o ex-governante britânico Mark Hoban, numa entrevista divulgada pela mesma agência. O ex-responsável pelas Finanças do Reino Unido acredita que é necessário ter uma força de trabalho “global”, uma vez que a natureza da área assim o exige.
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