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Relações comerciais entre Portugal e o México crescem 94% desde 2014

Câmara de Comercio e Indústria Luso-Mexicana enaltece o crescimento das trocas comerciais entre os dois países e projeta que em quatro ou cinco anos será alcançada “a fasquia simbólica dos mil milhões de euros por ano de trocas entre os dois países”.
7 Janeiro 2020, 07h45

As trocas comerciais entre Portugal e o México tiveram um incremento de 94% desde 2014 até 2018, fixando-se em 568,3 milhões de euros, segundo a Câmara de Comercio e Indústria Luso-Mexicana, que comemora na quarta-feira 15 anos.

De acordo com a entidade presidida por Miguel Gomes da Costa, os negócios das empresas portuguesas quase duplicaram desde 2014, baseando-se em dados do Banco de Portugal para realçar que as exportações cresceram 13,5% em 2018 face a 2017, enquanto as importações aumentaram 12,5%.

As exportações portuguesas para o México em 2014 representavam 227,5 milhões de euros, enquanto em 2018 ascendiam a 366,6 milhões de euros. Já as importações em 2014 significavam 67,3 milhões de euros, tendo aumentado para 201,7 milhões de euros em 2018.

“O crescente investimento de empresas portuguesas no México, bem como o aumento sustentando das trocas comerciais entre os dois países, mostram o potencial imenso que o atual momento de desenvolvimento do México oferece, designadamente à indústria dos moldes, máquinas e ferramentas para o ‘cluster automóvel’ e aos projetos de base tecnológica”, disse Miguel Gomes da Costa, em comunicado divulgado esta segunda-feira.

“Basta mantermos o atual ritmo de  crescimento a dois dígitos e, dentro de quatro ou cinco anos, será alcançada a fasquia simbólica dos mil milhões de euros por ano de trocas entre os dois países”, acrescentou.

Para fomentar esta dinâmica a CCILM pretende lançar este ano o Sistema de Incentivos a Ações Coletivas (SIAC), com o objetivo de divulgar no mercado mexicano os setores da indústria portuguesa mais competitivos, apostando na indústria dos moldes, máquinas e das ferramentas industriais.

A instituição, que na quarta-feira apresenta um retrato da evolução das relações comerciais entre os dois países num cerimónia presidida pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, destaca ainda a presença das empresas EDP Renováveis, o Grupo Manuel Champalimaud ou a Mota Engil e diversas PME no México.

A EDP Renováveis investiu 400 milhões de euros no México, com 200 Megawatts instalados de geração de energia eólica. “Como uma das 15 principais economias mundiais, o México regista um potencial de mercado muito interessante para as empresas portuguesas em sectores como a energia: as energias limpas e renováveis vão ter um papel fulcral – até pelos compromissos assumidos pelos decisores políticos na luta contra as alterações climáticas – no Programa de Desenvolvimento do Sector Elétrico 2019-2033 que o Governo mexicano lançou em 2019”, disse Guilherme Collares Pereira, diretor de Relações Internacionais da EDPR.

Já Manuel Champalimaud diz esperar uma recuperação da economia mexicana, com um crescimento “para os próximos anos um crescimento em média acima dos 3% , sendo de 4% na indústria automóvel e eletrónica, com base no recente acordo comercial T- MEC , entre os Estados Unidos, México e Canadá, assinado no final de 2019”.

“A GLN prevê chegar ao final de 2020 com oito máquinas de injeção a produzir em pleno para diversos clientes”, diz Manuel Champalimaud. “A GLN tem para os próximos anos planos para um crescimento anual na ordem dos 20%, o que implicará novas instalações e reforços significativos no quadro de dirigentes expatriados”.

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