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“Relações económicas com França são extremamente relevantes”

Defendendo que os resultados em crescendo no mercado francês representam “o fenómeno de internacionalização da economia portuguesa”, o ministro da Economia ressalva que o sucesso também se explica “pela história partilhada de pessoas e culturas”.
6 Outubro 2018, 16h00

“As relações económicas entre Portugal e França são profundas e extremamente relevantes para a economia portuguesa”, afirmou o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, na gala de entrega dos Troféus Luso-Franceses, promovidos pela Câmara de Comércio Luso-Francesa (CCILF) há já 25 anos.

Tendo como pano de fundo a atribuição dos Troféus CCILF, que visam incentivar as trocas comerciais entre Portugal e França, distinguindo o esforço e o sucesso obtidos pelas empresas no desenvolvimento de estratégias e investimentos em ambos os mercados, Caldeira Cabral sublinhou que, atualmente, França é o segundo maior mercado de destino das exportações portuguesas de bens e serviços, sendo que no primeiro semestre de 2018 as exportações para este mercado registaram um crescimento de 10%, em linha com o registado no conjunto do ano passado.

Por outro lado, reforça ainda o ministro, é também o mercado de origem de 8% de todas as importações portuguesas de bens e serviços, considerando por isso que “este fluxo tem contribuído para reforçar as relações económicas entre os dois países”. Em 2017, as vendas de bens e serviços para França aumentaram 10,2%, ao ano anterior, e as importações 8%, tendo o saldo alcançado perto de 4,9 mil milhões de euros. A taxa de cobertura das importações de bens e serviços pelas exportações foi de 175,2%.

Questionado pelo Jornal Económico sobre a estratégia do Governo para captar investimento francês, o ministro assegura, ao Jornal Económico que não só tem a obter “resultados significativos”, como tem registado um “crescimento robusto” que se estende a diversos setores da economia, entre os quais se destacam os investimentos recentes no setor automóvel como é o caso da Renault, Faurecia e PSA. Mas destaca também os resultados obtidos no setor dos serviços de competências tecnológicas, em que se destacam a Natixis e Altran. “O stock de IDE soma mais de 1400 milhões de euros entre 2015 e 2017, o que representa um crescimento total de 27%, com acréscimos todos anos”, detalha Caldeira Cabral.

Sobre o investimento direto português em França, o ministro da Economia avança que mais do que duplicou entre 2014 e 2018, “com crescimentos significativos ano após ano”. Este investimento, defende ainda o ministro, “representa o fenómeno de internacionalização da economia portuguesa, que se reflete nos volumes de bens e serviços exportados, mas também no investimento em territórios estrangeiros em setores diversos como a construção ou a indústria transformadora. Está relacionado com história partilhada de pessoas e culturas entre os dois países”.

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