[weglot_switcher]

Renovação da concessão do terminal de contentores de Alcântara exige investimento de 122 milhões de euros

Grande fatia do investimento será realizada nos próximos dois anos (entre 2020 e 2021), período no qual serão aplicados 44,1 milhões de euros no terminal de contentores de Alcântara, destacando-se a aquisição de dois novos pórticos de cais e seis novos pórticos de parque, para além de investimentos direcionados para a formação, segurança e certificação das operações”.
15 Julho 2019, 18h59

O Governo e o grupo turco Yilport, concessionário do terminal portuário de Alcântara, no porto de Lisboa, anunciaram há minutos que chegaram a acordo (memorando de entendimento) que prolonga a respetiva a concessão até 2038 e, em contrapartida, prevê um plano de investimento de 122 milhões de euros, totalmente da responsabilidades deste grupo privado estrangeiro.

“O acordo agora alcançado contempla uma concessão até 2038 e um plano de investimento de 122 milhões de euros no terminal de contentores de Alcântara, 100% privado, repartido entre intervenções em infraestruturas (26,5 milhões), aquisição e implementação de infraestrutura tecnológica (dois milhões) e aquisição e instalação de equipamentos (93,5 milhões)”, avança um comunicado da APL – Administração do Porto de Lisboa.

De acordo com esse documento, “grande fatia do investimento será realizada nos próximos dois anos (entre 2020 e 2021), período no qual serão aplicados 44,1 milhões de euros no terminal de contentores de Alcântara, destacando-se a aquisição de dois novos pórticos de cais e seis novos pórticos de parque, para além de investimentos direcionados para a formação, segurança e certificação das operações”.

“O avultado investimento total de 122 milhões de euros assegurará não só a imprescindível modernização do terminal de contentores de Alcântara como também uma forte redução de emissões de CO2 na sua operação, não só através da transferência modal que potencia (nomeadamente do modo rodoviário para os modos ferroviário e fluvial), mas também devido à aquisição de novos equipamentos mais eficientes, permitindo uma maior fluidez nas operações e uma interação positiva com a envolvente citadina onde o terminal está inserido”, garante o referido comunicado.

A APL sublinha que o terminal de contentores de Alcântara, operado pelo Grupo Yilport, constitui uma infraestrutura fundamental do porto de Lisboa, sendo hoje responsável por mais de 40% do total da carga contentorizada movimentada no porto da capital.

O comunicado da APL adianta ainda que “o acordo alcançado entre a APL e a Yilport Liscont constitui um importante passo no aumento da competitividade portuária e concretiza um dos pontos fundamentais da estratégia para o aumento da competitividade da rede de portos comerciais do Continente – Horizonte 2026, na qual a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, destacou a  importância da modernização do terminal de contentores de Alcântara, vital para a sua afirmação como um terminal portuário de referência num setor de atividade altamente competitivo como é o mercado da carga contentorizada”.

“Recorde-se que esta renegociação que chegou agora a bom porto decorreu no âmbito dos trabalhos da Comissão para a Renegociação dos contratos de concessão de terminais portuários para a prestação do serviço público de movimentação de cargas relativa ao porto de Lisboa (Comissão de Negociação), tendo como base uma proposta apresentada pela concessionária”, conclui o referido comunicado.

Hoje em dia, o porto de Lisboa é um porto multifuncional, composto por 15 terminais portuários dedicados a todos os tipos de carga e um de passageiros de cruzeiro, operando 24 horas por dia, 365 dias por ano e oferecendo as melhores condições de navegação para todo o tipo de navios.

Localizado no estuário do rio Tejo – o maior estuário da Europa Ocidental – que se encontra com o oceano Atlântico numa bacia de 32.000 hectares, a sua área de jurisdição portuária confina com onze municípios: Benavente, Alcochete, Almada, Barreiro, Lisboa, Loures, Moita, Montijo, Oeiras, Seixal e Vila Franca de Xira.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.