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Representante de Guaidó vai estar em Washington para ouvir discurso de Trump

Marco Rubio, senador republicano, convidou um representante de Juan Guaidó, Carlos Vecchio, para ouvir o discurso que Trump proferirá no Congresso norte-americano.
  • Jonathan Ernst/REUTERS
5 Fevereiro 2019, 11h01

Marco Rubio, senador republicano da Flórida, anunciou que Carlos Vecchio, encarregado de negócios recém-nomeado por Juan Guaidó e reconhecido por Washington, vai acompanhar o discurso anual do presidente Donald Trump ao Congresso.

“Estou muito honrado em receber o encarregado de negócios da Venezuela no Capitólio esta terça-feira, e antecipo que o presidente Trump vai enfatizar a posição do seu governo contra os líderes tirânicos na América Latina e o seu apoio ao povo da Venezuela” disse Rubio num comunicado citado por vários jornais.

Trump levou apenas alguns minutos a reconhecer, em 23 de janeiro, Juan Guaidó como presidente interino – aliás, até antecipou essa decisão pessoal do presidente da Assembleia Nacional venezuelana.

O governo dos Estados Unidos exige a saída de Nicolás Maduro e a organização de eleições “livres e justas”, acusando “Cuba comunista” de promover e apoiar governos autoritários na região, “não só na Venezuela, mas também na Nicarágua”.

Rubio disse que Vecchio, exilado nos Estados Unidos desde 2014 – quando fugiu Venezuela por motivos políticos – “tem assistido à repressão do regime de Maduro e aos abusos flagrantes dos direitos humanos”, sendo “um incansável defensor da restauração da democracia e da liberdade na sua amada terra natal”.

A tradição permite que os 535 membros do Congresso escolham convidados para acompanhá-los na audição do discurso anual do presidente. Os membros do Senado (100) e da Câmara dos Deputados (435) aproveitam essa possibilidade para chamar a atenção para as causas que consideram importantes.

Carlos Vecchio faz parte do partido Vontade Popular, tal como Guaidó, liderado por Leopoldo Lopez, que está sob prisão domiciliar na Venezuela e cuja esposa, Lilian Tintori, reuniu com Trump na Casa Branca em fevereiro de 2017. Rubio, que perdeu para o Trump a corrida à nomeação para candidato presidencial republicano, foi quem colocou a questão da Venezuela no radar do atual presidente.

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