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Rescisões no Santander: Sindicatos da banca vão pedir análise à PGR, Provedoria de Justiça e ACT

Os três sindicatos da União Geral dos Trabalhadores (UGT) já pediram uma reunião com carácter de urgência à administração do Banco Santander Totta e não excluem a convocação de uma greve geral do setor.
23 Agosto 2021, 18h07

O Mais Sindicato, o SBN e o SBC pediram, com carácter de urgência, uma reunião com a administração do Banco Santander Totta e irão apresentar um pedido de análise à Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT), à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Provedoria de Justiça um pedido de análise sobre a “postura” do banco ao longo do processo das medidas de reestruturação negociadas, não descartando uma greve geral do setor.

“Em resposta à “rescisão unilateral” de 350 trabalhadores anunciada pelo Banco Santander Totta (BST), Mais Sindicato, SBN e SBC lutarão até às últimas consequências em defesa dos sócios, o que além da denúncia e pedido de atuação a diversas instituições públicas poderá abranger uma greve nacional do setor”, assinalam os três sindicatos da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em comunicado divulgado esta segunda-feira.

Os três sindicatos garantem que, em reação às medidas unilaterais “em relação aos trabalhadores que não aceitaram as medidas de reestruturação negociadas”, já solicitaram, com carácter de urgência, uma reunião com a administração do Banco Santander Totta, para “perceber o alcance das medidas anunciadas”.

No entanto, admitem ainda que irão apresentar “à ACT, PGR e Provedoria de Justiça um pedido de análise sobre a postura do Banco Santander ao longo deste processo, denunciando, do mesmo passo, uma política de assédio e de discriminação, passível de investigação e condenação, dando conhecimento da mesma ao Ministério do Trabalho, para que atue em conformidade”.

Os sindicatos anunciam ainda que irão estudar “políticas concertadas de luta e reivindicação sindical, sem colocar de parte nenhuma medida, nomeadamente a convocação de uma greve geral do sector”.

“Sem prescindir, desde já informamos que não consideramos estarem reunidas, em nenhum caso, sublinhamos, as condições legais para qualquer despedimento coletivo na banca, nomeadamente “despedimentos” feitos à medida, com processos prévios de negociação, assentes na pressão do próprio despedimento”, acrescenta.

O Santander não chegou a acordo para a saída de 350 trabalhadores, de um total de 685 inicialmente previstos, e vai agora avançar com um “processo unilateral e formal” a partir de setembro, noticiou a Lusa na sexta-feira passada.

No âmbito do plano de reestruturação do banco, os trabalhadores  podiam responder à proposta para a saída até quinta-feira passada. De acordo com os dados indicados por Pedro Castro de Almeida, CEO do Santander, durante uma audição no Parlamento,  as saídas podem chegar a 1.200 funcionários na totalidade do ano.

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